PUBLICIDADE

Prefeituras do Rio iniciam demolições de moradias em áreas de risco

7 jan 2010 - 14h13
Compartilhar

As recentes tragédias decorrentes de deslizamentos causados pelasfortes chuvas e ocupações indiscriminadas de encostas parecem ter servido de alerta para alguns municípios do Rio de Janeiro.

ADefesa Civil do município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense,demoliu nesta manhã 20 imóveis condenados, atingidos por deslizamentos,no bairro de Gramacho. Os antigos moradores foram enviados para abrigos daprefeitura.

A prefeitura da capital fluminense iniciou ontem (6)a demolição de 73 casas em Cascadura, condenadas após um deslizamentode terra que matou três pessoas da mesma família no final de 2009.Também ontem a Secretaria Municipal de Habitação anunciou que vairemover mais de 12 mil famílias que vivem em áreas de risco, quasetodas favelas.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, declarou hoje(7) que a partir doCadastro de Favelas do Instituto Pereira Passos não haverá maishabitações em áreas de risco na cidade. O projeto, entretanto, ainda está em fase elaboração.

"As remoções vão acontecer comdignidade, diálogo e indenização, aluguel social ou compra com oprograma Minha Casa, Minha Vida. O que não dá é qualquer chuva quehouver, os prefeitos do Rio de Janeiro ficarem sem dormir pensando que pode morrer gente com deslizamento."

Asdeclarações do prefeito foram feitas durante a inauguração de umacreche e pré-escola no bairro do Caju, zona portuária do Rio. Aestimativa é de que as remoções custem mais de R$ 200 milhões aoscofres públicos.

O secretário municipal de Habitação do Rio,Jorge Bittar, disse que serão construídas 60 mil moradias no municípioaté 2012, por meio do programa Minha Casa, Minha Vida. Do total de casas, 10 mil serão construídas ainda este ano e servirão também para a realocação de moradores emáreas de risco.

"Além disso, vamos implantar um sistema demonitoramento e controle da expansão das comunidades em toda a cidadepara evitar novas tragédias. Não será apenas um sistema derepressão, mas também de oferta de habitações com grande alcancesocial."

Bittar lembrou que outros investimentos sociais sãofundamentais para conter o crescimento desordenado, como a melhoria dotransporte público e da educação.

No Morro da Carioca, em Angrados Reis, litoral sul fluminense, cerca de 100 moradias vão serdemolidas pela prefeitura, onde mais de 20 pessoas morreram na viradado ano, quando uma encosta veio abaixo sob forte chuva, soterrandocasas. O governo estadual prevê nessa região a demolição de cerca de 3mil domicílios que se encontram em áreas de risco.

Em todo o estado do Rio, mais de 70 pessoas morreram e a temporada de chuvas na região só costuma terminar em março.Quase 3 mil pessoas estão desabrigadas ou desalojadas e os prejuízosnas cidades afetadas já está na casa de centenas de milhões de reais.

Agência Brasil Agência Brasil
Compartilhar
TAGS
Publicidade