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Prefeito condena vandalismo ao fazer balanço de protestos

21 jun 2013 - 15h10
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O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, condenou nesta sexta-feira os grupos minoritários que aproveitaram a grande manifestação de ontem no centro da cidade para destruir bens públicos, entre os quais citou 98 semáforos, 62 pontos de ônibus e 30 placas de sinalização.

Paes, ao fazer um balanço dos danos deixados pelo protesto, pediu aos manifestantes que não permitam que os grupos minoritários violentos terminem comprometendo suas reivindicações.

"Não tenho dúvida que a maior parte que saiu às ruas queria garantir a tradição do Rio de Janeiro como cidade de grandes manifestações democráticas e queria reivindicar seus direitos com boas intenções", afirmou Paes.

"Mas infelizmente alguns grupos, que são minoria, acabaram marcando todo o movimento por sua atitude", acrescentou.

O protesto por melhores serviços públicos, que reuniu ontem à noite a cerca de 300.000 pessoas no Rio de Janeiro, terminou em enfrentamento entre pequenos grupos de manifestantes e policiais, que deixou 62 feridos, 10 detidos e rastros de destruição no centro da cidade.

Apesar da multidão ter marchado pacificamente, a manifestação terminou violentamente quando um pequeno grupo tentou invadir a sede da prefeitura.

Alguns dos manifestantes, dispersados pela polícia com gás lacrimogêneo, dirigiram-se para diversos locais do centro da cidade e em seu caminho destruíram sinais de trânsito, placas, bens públicos, ônibus e agências bancárias, assim como acenderam fogueiras em latas de lixo com as quais tentaram bloquear as vias.

"Os manifestantes necessitam se diferenciar e não permitir que esses atos de vandalismo marquem protestos que fazem parte da tradição da cidade", acrescentou o prefeito ao se referir às mobilizações que Rio acolheu contra a ditadura militar e às passeatas de 1992 contra o então presidente Fernando Collor.

Paes acrescentou que a polícia do Rio foi orientada a garantir as manifestações pacíficas e a reprimir os atos de vandalismo.

"O governo vai atuar para proteger aos que acreditam na democracia e para proteger o cidadão, mas não aceitará que se deprede qualquer coisa", afirmou.

Segundo seu balanço, além de semáforos e placas de sinalização, os manifestantes também destruíram cinco relógios públicos, 340 recipientes de lixo que foram utilizados para acender fogueiras, sete veículos particulares e as fachadas de diferentes edificações públicas.

O prefeito disse também que os ataques danificaram parte do Sambódromo e do Terreirão do Samba, espaço utilizado para festas públicas, assim como algumas lojas foram saqueados.

EFE   
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