PUBLICIDADE

Cidades

PR: desembargador é afastado por suspeitas de irregularidades

Clayton Camargo é investigado por tráfico de influência, venda de sentenças e evolução patrimonial incompatível

8 out 2013 - 13h10
(atualizado às 13h21)
Compartilhar
Exibir comentários

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu, em sua sessão desta terça-feira, abrir Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) contra o desembargador Clayton Camargo e afastá-lo das funções até o julgamento do processo. Em decisão unânime, os 15 conselheiros seguiram o o voto do corregedor do CNJ, ministro Francisco Falcão, que apontou a necessidade do processo administrativo e do afastamento do desembargador por ter encontrado, em investigação preliminar, fortes indícios de tráfico de influência, venda de sentenças e evolução patrimonial incompatível com os rendimentos de um desembargador.

Já tramitam, contra o desembargador, 3 inquéritos no Superior Tribunal de Justiça (CNJ) com os mesmos teores. No processo, o CNJ irá apurar se houve violação aos princípios da integridade e da idoneidade na conduta de Clayton Camargo. Ontem, o Supremo Tribunal Federal (STF) negou pedido de liminar feito pela defesa do desembargador para que seu processo fosse excluído da pauta do CNJ.

Camargo tentou aposentar-se do cargo há pouco mais de duas semanas, quando também renunciou à presidência do Tribunal. Apesar da alegação de motivos de saúde para a aposentadoria (o desembargador sofreu um infarto no mês passado), o Ministério Público Federal interpretou o pedido de aposentadoria como uma tentativa do desembargador de livrar-se do processo administrativo no CNJ, recorreu contra a aposentadoria, que foi vetada pelo ministro Falcão. 

Apesar de a pena máxima que o CNJ pode aplicar ser a aposentadoria compulsória de um magistrado, o resultado do processo pode influenciar as eventuais ações no STJ, bem como, a comprovação do tráfico de influência pode impactar na eleição de seu filho, ex-deputado Fábio Camargo, para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado.

Fonte: Especial para Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade