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Política

Wikileaks: NSA espionou Dilma, Palocci e avião; veja lista

A presidente estava sendo vigiada por meio de cinco telefones diferentes, inclusive nas viagens de avião, em que usava aparelho com criptografia

4 jul 2015 - 11h09
(atualizado às 11h18)
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A presidente Dilma Rousseff foi vigiada "o tempo todo", inclusive durante as viagens de avião, quando usava o telefone via satélite
A presidente Dilma Rousseff foi vigiada "o tempo todo", inclusive durante as viagens de avião, quando usava o telefone via satélite
Foto: Getty Images

O site Wikileaks revelou neste sábado a lista de 29 telefones de brasileiros espionados pela Agência de Segurança dos Estados Unidos desde 2013. O conteúdo foi divulgado pelo site e pela publicação online The Intercept.

A presidente Dilma Rousseff estava sendo vigiada por meio de cinco telefones diferentes, inclusive durante as viagens de avião, quando usava o aparelho via satélite da empresa Inmarsat, que fornecia, teoricamente, segurança de criptografia. Além deste telefone, outros quatro dentro do Palácio do Planalto foram monitorados pela NSA. Ainda de acordo com o site, os interesses de espionagem eram bastante direcionados, com nomes do primeiro escalão na lista – tais como o do o assessor pessoal da presidente, Anderson Dornelles, e a secretária Nilce.

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No site Wikileaks, o texto destaca que "os EUA almejaram não só as pessoas mais próximas a presidente, mas travaram uma campanha de espionagem econômica contra o Brasil, espionando os responsáveis pela gestão da economia do país, incluindo o chefe do seu Banco Central. Os EUA também focaram a vigilância de forma extensiva na diplomacia do Brasil, pelos telefones do ministro das Relações Exteriores e os seus embaixadores para a Alemanha, França, União Europeia, EUA e Genebra, bem como os seus chefes militares". 

Wikileaks revela lista de 29 espionados no Brasil pela NSA
Wikileaks revela lista de 29 espionados no Brasil pela NSA
Foto: Reprodução

O site ainda destaca que a lista inclui os ministros de Finanças e o chefe do Banco Central do Brasil. Entre os nomes destacados, então o do Ministro de Gabinete Nelson Henrique Barbosa Filho, que serviu como Secretário Executivo do Ministério da Fazenda do Brasil entre 2011 e 2013, agora ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, e Antonio Palocci, ministro da Fazenda no governo do ex-presidente Lula e agora chefe do pessoal de Dilma.

O editor-chefe do Wikileaks Julian Assange afirmou que a publicação de hoje "mostra que os EUA têm um longo caminho a percorrer para provar a que vigilância sobre os governos chamados 'amigáveis' acabou. (...) Os Estados Unidos não apenas espiou a presidente Rousseff mas também suas figuras-chave com quem falava todos os dias". 

Dilma Rousseff é hostilizada e chamada de assassina nos EUA:

O programa de espionagem à presidente tinha o código “S2C42”, número que aparece junto aos nomes revelados agora. Diferente do que vazou em 2013, quando Edward Snowden vazou documentos, a lista de espionados revela que o esquema de vigilância foi se expandindo.

Entre os nomes da lista de 29, estão: Marcos Raposo (ex-embaixador do Brasil no México e chefe do cerimonial da Presidência da República;) diplomatas que ocupavam cargos no Itamaraty, sendo André Amado, da Subsecretaria de Ambiente e Tecnologia, Valdemar Leão, assessor financeiro, Paulo Cordeiro, da Secretaria de Assuntos Políticos, Roberto Doring, assessor do ministro das Relações Exteriores, além do embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, então subsecretário-geral de Meio Ambiente.

Outros nomes do alto escalão entre vigiados estão o embaixador Luiz Filipe de Macêdo Soares, (pelo telefone da residência oficial em Genebra); o embaixador do Brasil na França, José Maurício Bustani (que fora diretor da Organização Internacional para Proibição de Armas Químicas, removido do cargo por pressão do governo dos EUA). E o então embaixador do Brasil em Berlim, Everton Vargas.

No Twitter, o site publicou o link da lista junto de uma charge que mostra Dilma Rousseff e um inseto "espião" em cima do Palácio do Planalto.

A revelação acontece na semana após a presidente do Brasil visitar os Estados Unidos. 

Fonte: Terra
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