PUBLICIDADE

Política

Votação de impeachment de Arruda pode ficar para fim da tarde

4 mar 2010 - 10h40
(atualizado às 10h46)
Compartilhar

Um detalhe do dispositivo legal poderá adiar a votação na Câmara Legislativa do Distrito Federal do relatório do deputado Chico Leite (PT), que pede o impeachment do governador licenciado e preso, José Roberto Arruda (sem partido). A sessão está marcada para a manhã desta quinta-feira, mas poderá ser adiada para o fim da tarde.

A lei determina que a votação seja feita 48 horas depois da publicação do relatório no Diário da Câmara Legislativa, o que ocorreu apenas às 17 horas da terça-feira.

A defesa de Arruda alega que é preciso esperar o prazo regimental e questiona a situação dos sete suplentes que tomaram posse na terça-feira em substituição aos titulares, que estão impedidos por ordem judicial de votar no processo porque são acusados de participação no esquema do recebimento de propina. Os advogados de Arruda também alegam cerceamento de defesa, pois o governador está preso.

No mesmo horário, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgará o habeas-corpus de Arruda. Ele está preso desde o dia 11 de fevereiro, acusado de chantagear uma testemunha para que prestasse depoimento em seu favor na Polícia Federal.

Entenda o caso

O mensalão do governo do DF, cujos vídeos foram divulgados no final do ano passado, é resultado das investigações da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. O esquema de desvio de recursos públicos envolvia empresas de tecnologia para o pagamento de propina a deputados da base aliada.

O governador José Roberto Arruda aparece em um dos vídeos recebendo maços de dinheiro. As imagens foram gravadas pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, que, na condição de réu em 37 processos, denunciou o esquema por conta da delação premiada. Em pronunciamento oficial, Arruda afirmou que os recursos recebidos durante a campanha foram "regularmente registrados e contabilizados".

As investigações da Operação Caixa de Pandora apontam indícios de que Arruda, assessores, deputados e empresários podem ter cometido os crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva e ativa, fraude em licitação, crime eleitoral e crime tributário.

Agência Brasil Agência Brasil
Compartilhar
Publicidade