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Vice-presidente da Câmara do DF pretende suspender recesso

18 jan 2010 - 21h17
(atualizado às 22h43)
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Caso assuma a presidência da Câmara Legislativa do Distrito Federal, ovice-presidente, deputado Cabo Patrício (PT), disse nesta segunda-feira quevai suspender o recesso parlamentar e acelerar o andamento dos processos de impeachment do governador José Roberto Arruda (sem partido).

Patrício fez a declaração horas depois de o juiz da 2ª Vara de Fazenda Pública do Distrito Federal, Álvaro Ciarlini, ter determinado a saída imediata de Leonardo Prudente (sem partido) da presidência da Câmara Legislativa. Suspeitos de participar do esquema de recebimento de propina do governo local, em troca de apoio político, Prudente aparece em um vídeo colocando dinheiro nas meias.

A Câmara Legislativa funciona em regime de autoconvocação, com a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as denúncias decorrupção no governo do Distrito Federal. Cabo Patrício defendeu que a mesa diretora da Casa não recorra da decisão do juiz Ciarlini. Segundo o parlamentar, cabe a Prudente tentar reverter a situação.

O parlamentar petista e mais dois membros da mesa diretora Wilson Lima (PR) e Raimundo Ribeiro (PSDB) reuniram-se na tarde desta segunda para discutir a determinação judicial que afasta Prudente do cargo.

Entenda o caso

O mensalão do governo do DF é resultado das investigações da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. O esquema de desvio de recursos públicos envolvia empresas de tecnologia para o pagamento de propina a deputados da base aliada.

O governador José Roberto Arruda aparece em um dos vídeos recebendo maços de dinheiro. As imagens foram gravadas pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, que, na condição de réu em 37 processos, denunciou o esquema por conta da delação premiada. Em pronunciamento oficial, Arruda afirmou que os recursos recebidos durante a campanha foram "regularmente registrados e contabilizados".

As investigações da Operação Caixa de Pandora apontam indícios de que Arruda, assessores, deputados e empresários podem ter cometido os crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva e ativa, fraude em licitação, crime eleitoral e crime tributário.

Agência Brasil Agência Brasil
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