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Política

Unasul pede "respeito à dignidade" de Lula

10 mar 2016 - 22h36
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A União de Nações Sul-Americanas (Unasul) pediu nesta quinta-feira "respeito à dignidade" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, depois que o Ministério Público de São Paulo solicitou sua prisão preventiva em uma investigação de supostos crimes de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.

A Secretaria-Geral da Unasul, com sede em Quito e que reúne os 12 países sul-americanos, fez um apelo também para que se respeite o direito à legítima defesa do ex-presidente, segundo uma mensagem divulgada na conta do organismo no Twitter.

Lula enfrenta as acusações de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica em um processo por corrupção paralelo ao que é investigado pela Operação Lava Jato.

O Ministério Público de São Paulo acusa Lula de ser o verdadeiro dono de um luxuoso triplex no Guarujá, no litoral de São Paulo, que está em nome da construtora OAS e cuja propriedade foi negada pelo ex-presidente em reiteradas ocasiões.

Na entrevista coletiva de hoje na qual detalharam a denúncia, os promotores responsáveis pelo pedido de prisão - Cássio Conserino, José Carlos Blat e Fernando Araújo - negaram qualquer motivação política no processo.

"O Ministério Público não trabalha com um calendário político. Nosso calendário é judicial", afirmou Blat.

No texto da denúncia, que vazou à imprensa, eles alegam que a prisão de Lula se faz necessária "pois sabidamente possui poder de ex-presidente da República, o que torna sua possibilidade de evasão extremamente simples".

O Instituto Lula, por sua vez, criticou diretamente Conserino, por considerar que o promotor "dá mais uma prova de sua parcialidade ao pedir a prisão preventiva de Lula".

"Cássio Conserino, que não é o promotor natural deste caso, possui documentos que provam que o ex-presidente Lula não é proprietário nem de triplex no Guarujá nem de sítio em Atibaia, e tampouco cometeu qualquer ilegalidade. Mesmo assim, solicita medida cautelar contra o ex-presidente em mais uma triste tentativa de usar seu cargo para fins políticos", disse o Instituto Lula em nota publicada em seu site.

EFE   
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