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Política

Tucano nega racha no PSDB-SP: partido está "super bem"

20 abr 2011 - 16h43
(atualizado às 17h47)
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Simone Sartori
Direto de São Paulo

O secretário de Gestão Pública do Estado de São Paulo, Julio Semeghini, recém-eleito presidente do diretório municipal do PSDB, afirmou, nesta quarta-feira, que o anúncio da saída de seis vereadores enfraquece a legenda, mas negou a existência de um racha interno. Segundo Semeghini, o PSDB está "super bem" e já se prepara as eleições municipais.

"Não tem esse racha no partido. Na minha avaliação, o partido está super bem, forte, se preparando (para as eleições). Pela primeira vez, a base está forte porque está tendo voz e respeito. Claro que (a saída dos parlamentares) vai enfraquecer, mas nós vamos nos reorganizar e vamos colocar outras lideranças a altura para poder crescer e se preparar para a próxima eleição", afirmou Semeghini, mesmo admitindo que o PT pode se beneficiar do atual momento tucano.

Semeghini rebateu ainda as acusações de "discriminação" ou "perseguição" do diretório aos vereadores, que, segundo o grupo dissidente, foram os vetores para a decisão de deixar o partido. "Já consultamos vários advogados e não há nenhuma posição discriminatória do partido. O partido votou duas vezes para buscar a união, o acordo, então como é que o partido está perseguindo?", questionou o tucano.

Ele negou "perda de controle" do governador Geraldo Alckmin sobre a direção municipal e disse que o PSDB e o PSD, partido fundado pelo prefeito Gilberto Kassab, podem ser aliados nas próximas eleições municipais. "Tenho certeza que PSDB e o PSD poderão estar junto nas próximas eleições, seja no primeiro ou no segundo turno. Não há nenhum rompimento. As pessoas (os vereadores) estão tensas para justificar sua saída. Não há nenhuma ofensa moral, não há nenhuma ofensa de nada", disse.

Nos bastidores, ventila-se que o PSD seria o destino dos seis parlamentares, mas, dissidentes, como o vereador Gilberto Natalini, negam a migração para o novo partido de Kassab. Diante da revoada, o presidente do diretório municipal reafirmou que os mandatos dos vereadores que deixarem o PSDB serão reivindicados na Justiça, seja o destino o PSD ou para qualquer outro partido.

"Se eles saírem do PSDB nós vamos pleitear os mandatos para que os cargos de vereador sejam nossos. Eles se elegeram com 20 e pouco, 30 e pouco, 40 e pouco mil votos, e precisava de mais de 100 e tantos mil votos. Eles se elegeram com a legenda do 45 e é essa legenda em São Paulo que elege tantos vereadores assim. O partido, por isso, vai querer buscar de volta os seus mandatos", afirmou Semeghini.

Bancada

O anúncio da saída dissidentes, que ainda não foi feita formalmente, reduziu a bancada do PSDB na Câmara Municipal de 13 para sete vereadores. Os conflitos internos começaram após o início do processo de escolha do novo diretório municipal do PSDB. Um grupo de cinco vereadores anunciou, na última segunda-feira, a decisão de deixar o partido. Ontem, o vereador Souza Santos engrossou a lista.

Adolfo Quintas foi apontado como o sétimo tucano a deixar a legenda, mas, até o momento, o vereador, que está licenciado da Câmara Municipal e em viagem fora do País, ainda não se manifestou. "Se ele decidir (sair), vai ser uma pena, mas nós vamos brigar muito para segurá-lo", disse Semeghini, que confirmou o convite feito a Quintas para ocupar o cargo de secretário do partido no munícipio.

Na próxima semana, entre terça e quarta, o PSDB deve realizar a reunião da Executiva municipal. As lideranças tucanas aguardam a formalização do partido de Gilberto Kassab para definir a data.

Projeto pessoal move saída de vereadores, diz tucano:
Fonte: Terra
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