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Política

Tropas brasileiras deixarão o Haiti até o fim de 2016

Efetivo está sendo reduzido gradualmente

21 mai 2015 - 17h50
(atualizado às 19h32)
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Haitianos caminham por uma das principais ruas comerciais de Porto Príncipe, no Haiti, em 09 de fevereiro de 2015
Haitianos caminham por uma das principais ruas comerciais de Porto Príncipe, no Haiti, em 09 de fevereiro de 2015
Foto: Andres Martinez Casares / Reuters

O ministro da Defesa, Jacques Wagner, afirmou nesta quinta-feira que as tropas brasileiras que integram a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah) deixarão o país até o fim de 2016.

Em uma audiência na Comissão de Relações Exteriores do Senado, o ministro disse que o Brasil já diminuiu seu efetivo no Haiti e continuará reduzindo gradualmente até o último soldado abandonar o país caribenho no fim do próximo ano.

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"Trata-se de uma missão humanitária que já tem data prevista para terminar. Esse ano, já tivemos uma redução e para o próximo está prevista a retirada total das tropas, não só as do Brasil, mas também as da ONU", afirmou Wagner.

Segundo o ministro, atualmente há 1.343 militares brasileiros no Haiti, número pequeno em relação aos 30 mil que foram ao país durante o início da missão humanitária. No final de 2015, apenas 850 homens permanecerão no Haiti.

"Vários oficiais de outros países da América do Sul foram comunicados neste ano sobre o retorno. O fim (da missão) está marcado para o final de 2016", assegurou o ministro.

O chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos De Nardi, que acompanhou o ministro na audiência, disse que a maior parte dos países que integram a missão da ONU irá retirar as tropas do Haiti ainda neste ano.

O Conselho de Segurança da ONU estendeu no ano passado a permanência da Minustah até 15 de outubro de 2015, quando revisará novamente a decisão. Em sua última reunião, o órgão afirmou que a situação da segurança no país é "estável".

Por isso, recomendou a sequência da missão sem mudanças na quantidade de homens do componente policial (UNPol), integrado atualmente por 2.601 agentes de cerca de 50 países.

A ONU defende que a missão permaneça no Haiti até a consolidação dos resultados das eleições previstas para fevereiro de 2016, após a posse do novo presidente e parlamento do país.

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EFE   
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