PUBLICIDADE

Política

TRE-SP desaprova contas de campanha de Andrés Sanchez

Ex-dirigente do Corinthians e da CBF também terá que recolher ao Tesouro Nacional R$ 100 mil de "recursos de origem não identificada"

21 mai 2015 - 17h50
(atualizado às 21h18)
Compartilhar
Exibir comentários

Foram desaprovadas nesta quarta-feira, por unanimidade, as contas do deputado federal Andrés Sanchez (PT) em julgamento no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP). Ex-dirigente do Corinthians e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Sanchéz conquistou uma das 70 vagas do Estado de São Paulo na Câmara Federal ao obter 169.834 votos.

De acordo com a assessoria de imprensa do TRE, além da desaprovação das contas, os desembargadores responsáveis pelo julgamento ainda determinaram o recolher R$ 100 mil referentes a “recursos de origem não identificada”. Cabe recurso da decisão junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Ex-dirigente do Corinthians e da CBF, Andrés Sanchez foi eleito ano passado pelo PT com 169.834 votos
Ex-dirigente do Corinthians e da CBF, Andrés Sanchez foi eleito ano passado pelo PT com 169.834 votos
Foto: Reginaldo Alves de Castro / Gazeta Press

“Os magistrados concluíram que as irregularidades encontradas comprometiam a análise das contas. O candidato entregou a prestação de contas com ausência do doador originário em uma doação de R$ 100 mil, não comprovando em nenhum momento a origem desse valor. A Corte determinou o recolhimento de 100 mil reais ao Tesouro Nacional, relativos aos recursos de origem não identificada”, informou o Tribunal.

Esse tipo de indefinição em relação aos recursos, de acordo com o TRE, é vedado pelo artigo 29 da resolução número 23.406, de 2014, do TSE, segundo a qual “os recursos de origem não identificada não poderão ser utilizados pelos candidatos, partidos políticos e comitês financeiros e deverão ser transferidos ao Tesouro Nacional, por meio de Guia deRecolhimento da União (GRU), tão logo seja constatada a impossibilidade de identificação, observando-se o prazo de até cinco dias após o trânsito em julgado da decisão que julgar as contas de campanha.”

Por meio de nota, Sanchez afirmou que o valor foi recebido do Comitê Financeiro Estadual do PT, tendo como doador originário a empresa UTC Engenharia. Disse que todos os documentos comprovando a origem do dinheiro foram entregues à Justiça e "que vamos recorrer no próprio Tribunal Regional Eleitoral do Estado de São Paulo da decisão proferida".

Declaração de bens de mais de R$ 1,7 milhão

Em 2014, na campanha, Sanchez declarou ao TSE um total de bens no valor de R$ 1.725.209,67. Entre os bens, havia um apartamento de R$ 380 mil na avenida Jaguaré, zona oeste de São Paulo, um plano de previdência privada do Banco do Brasil, de R$ 106.938,48, e um crédito decorrente de empréstimo concedido a terceiro no valor de R$ 200 mil, além de um apartamento de R$ 830 mil na Vila São Francisco, também na zona oeste da capital paulista.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade