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Política

TRE-DF julga Arruda nesta terça por infidelidade partidária

16 mar 2010 - 09h07
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O governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), será julgado nesta terça-feira no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF) pelo crime de infidelidade partidária. Segundo o Ministério Público Eleitoral, Arruda deixou o partido ao qual pertencia, o DEM, sem justa causa.

Arruda pode deixar o cargo imediatamente
Arruda pode deixar o cargo imediatamente
Foto: Andressa Anholete/Jornal de Brasília / Futura Press

O governador afastado poderá recorrer da decisão caso seja considerado culpado, mas terá que deixar o cargo imediatamente.

José Roberto Arruda está preso há cerca de um mês na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, acusado de suborno de testemunha. Ele teria oferecido R$ 200 mil para que o jornalista Edson Sombra prestasse depoimento em seu favor no inquérito 650 do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O inquérito apura complexo esquema de corrupção no governo do Distrito Federal, conhecido como mensalão do DEM. O ex-secretário de Relações Institucionais do governo, Durval Barbosa, filmou Arruda e mais três deputados distritais recebendo dinheiro para favorecer empresas em votação de projetos e contratos com o governo.

Entenda o caso
O mensalão do governo do DF, cujos vídeos foram divulgados no final do ano passado, é resultado das investigações da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. O esquema de desvio de recursos públicos envolvia empresas de tecnologia para o pagamento de propina a deputados da base aliada.

O governador José Roberto Arruda aparece em um dos vídeos recebendo maços de dinheiro. As imagens foram gravadas pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, que, na condição de réu em 37 processos, denunciou o esquema por conta da delação premiada. Em pronunciamento oficial, Arruda afirmou que os recursos recebidos durante a campanha foram "regularmente registrados e contabilizados".

As investigações da Operação Caixa de Pandora apontam indícios de que Arruda, assessores, deputados e empresários podem ter cometido os crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva e ativa, fraude em licitação, crime eleitoral e crime tributário.

Agência Brasil Agência Brasil
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