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Política

TJ-DF nega queixa contra denunciante do mensalão do DEM

17 dez 2009 - 14h40
(atualizado às 15h18)
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Keila Santana
Direto de Brasília

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF) negou na quarta-feira o acolhimento da ação movida pelo presidente do PMDB regional, deputado Tadeu Filippelli, contra o ex-secretário Durval Barbosa, denunciante do mensalão do DEM - suposto esquema de pagamento de mesadas a parlamentares do DF que envolveria o governador José Roberto Arruda.

A queixa-crime também foi recusada contra Alcyr Collaço, dono do jornal Tribuna do Brasil, que aparece em gravação divulgada após a Operação Caixa de Pandora supostamente negociando com Durval Barbosa a divisão de propina entre parlamentares do PMDB, entre eles Filippelli, o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (SP), o líder do partido na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), e o deputado Eduardo Cunha (RJ).

A assessoria do deputado Tadeu Filippelli disse que já recorreu do despacho do TJ-DF. "O deputado entende que tem o direito de ver reparado o dano moral de uma acusação descabida", diz a nota. Os deputados Michel Temer, Henrique Eduardo Alves e Eduardo Cunha também ingressaram na Justiça Federal com queixa-crime contra Durval Barbosa e Alcyr Collaço por difamação e injúria.

Entenda o caso

O mensalão do governo do DF, cujos vídeos foram divulgados nas últimas semanas, é resultado das investigações da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. O esquema de desvio de recursos públicos envolvia empresas de tecnologia para o pagamento de propina a deputados da base aliada.

O governador José Roberto Arruda aparece em um dos vídeos recebendo maços de dinheiro. As imagens foram gravadas pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, que, na condição de réu em 37 processos, denunciou o esquema por conta da delação premiada. Em pronunciamento oficial, Arruda afirmou que os recursos recebidos durante a campanha foram "regularmente registrados e contabilizados".

As investigações da Operação Caixa de Pandora apontam indícios de que Arruda, assessores, deputados e empresários podem ter cometido os crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva e ativa, fraude em licitação, crime eleitoral e crime tributário.

Fonte: Terra
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