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Política

Testemunhas faltam e atrasam processo do mensalão

6 nov 2009 - 22h55
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Deputados e senadores arrolados pela defesa dos réus do mensalão faltaram aos depoimentos marcados pela Justiça Federal de Brasília, alguns sob a suspeita de estarem interessados na protelação do processo, e perderam a prerrogativa de escolherem o dia, hora e local para prestarem os esclarecimentos. Segundo decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), onde tramita a ação do mensalão, os senadores Arthur Virgílio (PSDB-AM) e Ideli Salvatti (PT-SC) e os deputados federais Benedito de Lira (PP-AL), Hermes Parcianello (PMDB-PR), José Eduardo Cardozo (PT-SP), Wilson Santiago (PMDB-PB) e Wladimir Costa (PMDB-PA) foram notificados para prestar depoimentos em pelo menos duas ocasiões cada um.

Com a falta de resposta dos parlamentares, o STF decidiu marcar todos os depoimentos para o próximo dia 17, das 15h às 18h, destinando 30 minutos para cada um. A Justiça Federal de Brasília também marcou novos depoimentos de deputados federais que foram arrolados como testemunhas de defesa dos réus do mensalão. Foram intimados os deputados Zezéu Ribeiro (PT-BA), para a próxima terça-feira e Celso Russomano (PP-SP) e João Pizzolatti (PP-SC), para a próxima quinta-feira. O secretário municipal de Habitação do Rio de Janeiro, Jorge Bittar, também foi intimado para depor na próxima sexta-feira.

O ex-procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza ofereceu denúncia ao STF em abril de 2006 contra 40 suspeitos de participarem de um suposto esquema de compra de votos de parlamentares da base aliada, no caso que ficou conhecido como mensalão.

Em agosto de 2007, os ministros do STF acataram a denúncia e transformaram os suspeitos em réus. Entre os denunciados estão os ex-ministros Luiz Gushiken (Comunicação do Governo), Anderson Adauto (Transportes) e José Dirceu (Casa Civil), além do empresário Marcos Valério, os deputados João Paulo Cunha (PT-SP) e José Genoino (PT-SP) e o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ). Dos 40 denunciados, 39 continuam respondendo como réus. O ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira fez um acordo e foi excluído da ação em troca do cumprimento de pena alternativa.

Versão mineira

Nesta sexta-feira, o presidente do STF, Gilmar Mendes, defendeu o pedido de vista feito pelo ministro José Antônio Toffoli no julgamento da ação contra o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), acusado de envolvimento no caso do mensalão mineiro. Mendes justificou a decisão do colega argumentando que o julgamento é "complexo e extremamente sensível".

"O relator (ministro Joaquim Barbosa) consumiu dois dias para apresentar o relatório e o voto. Então, não se pode impor a um colega que acaba de chegar necessariamente a obrigação de julgar de imediato", disse o presidente do STF.

Jornal do Brasil Jornal do Brasil
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