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Polícia

SIP condena ameaças de morte ao jornalista brasileiro Mauri König

19 dez 2012 - 23h43
(atualizado às 23h58)
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A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) expressou nesta quarta-feira sua solidariedade ao jornalista brasileiro Mauri König e condenou as ameaças de morte que ele recebeu por ter denunciado atos de corrupção. Além disso, emitiu comunicado solicitando às autoridades do Brasil que "protejam, apoiem e investiguem com prontidão esses fatos".

De acordo com o relato da SIP, König, diretor da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e repórter do diário Gazeta do Povo, em Curitiba, foi ameaçado de morte. "A intimidação teria como origem a publicação, em maio passado, de uma série de reportagens coordenadas pelo jornalista denunciando desvio de recursos da Polícia para proveito pessoal, entre outros assuntos", explicou.

O jornalista e sua família deixaram a capital paranaense depois de uma ameaça recebida na última segunda-feira, dia em que a Gazeta do Povo informou sobre a promoção de agentes que estavam sendo investigados por corrupção. Segundo revelou a Abraji em comunicado, várias pessoas ligaram para o diário para ameaçar e alertar sobre possíveis ataques contra repórteres e diretores da empresa. Sobre König, cujo nome foi mencionado, disseram que sua casa seria metralhada.

O interlocutor de uma das duas chamadas identificou-se como policial e disse que teria escutado que cinco agentes do Rio de Janeiro estavam em Curitiba para executar o atentado contra König. König foi agraciado com o Prêmio Internacional de Liberdade de Imprensa 2012, que é concedido pelo Comitê de Proteção dos Jornalistas (CPJ).

A SIP lembrou hoje que "uma situação similar" à de König ocorreu com o repórter André Caramante, da Folha de S.Paulo, que em setembro teve de sair do País junto a sua família após receber ameaças de morte. Em 16 de dezembro, o jornalista retornou ao Brasil, onde "seguem sem ser esclarecidas totalmente as investigações sobre as ameaças".

EFE   
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