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Política

Sessão do Senado começa com homenagem a vítimas do RS

1 fev 2013 - 10h35
(atualizado às 11h36)
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O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), abriu sua última sessão à frente da Casa com um minuto de silêncio em memória às 236 vítimas do incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria (RS), ocorrido na madrugada do último domingo. A sessão de hoje vai eleger o novo presidente do Senado e do Congresso Nacional até 2014.

O favorito para suceder Sarney é Renan Calheiros (PMDB-AL). Por ser a maior bancada da Casa, o partido tem a prerrogativa de indicar o presidente. No entanto, o nome do senador não é unanimidade. Envolvido em denúncias desde 2007, quando renunciou à presidência da Casa, as polêmicas voltaram à tona quando o nome de Renan foi novamente citado para assumir o comando do Senado. A Procuradoria-Geral da República (PGR) ofereceu denúncia contra Renan pelos crimes de peculato, falsidade ideológica e uso de documentos falsos.

A escolha do presidente do Senado começou pouco depois das 10h desta sexta. Os parlamentares fazem uma sessão de discursos a respeito da eleição, onde os senadores contrários à candidatura de Renan devem usar a tribuna para desqualificar o peemedebista. O senador Pedro Taques (PDT-MT) é o candidato dos parlamentares considerados independentes e deve concentrar boa parte dos votos dos senadores insatisfeitos com a indicação do peemedebista.

Denúncias contra Renan

Em maio de 2007, surgiram as primeiras denúncias de que um lobista da empreiteira Mendes Júnior pagava R$ 12 mil mensais à jornalista Mônica Veloso como pensão alimentícia. A jornalista tem uma filha de Renan Calheiros. Em sua defesa, o senador apresentou documentos que comprovavam renda suficiente para pagar a pensão da filha e que não precisaria da ajuda de lobistas.

Diante disso, o Conselho de Ética da Casa recomendou a cassação do mandato do parlamentar, mas o plenário do Senado o absolveu por 40 votos contra, 35 a favor e seis abstenções. No entanto, a pressão fez com que Renan Calheiros renunciasse à presidência do Senado.

Naquele mesmo ano, uma nova denúncia abalou a história política do senador. Acusado de ter comprado rádios em Alagoas por meio de "laranjas", novamente Renan foi absolvido pelos colegas em nova votação pela cassação de seu mandato. Dessa vez, o placar foi 48 votos contra e 29 a favor.

Outras quatro denúncias foram apuradas no Conselho de Ética, mas não chegaram a ser decididas em Plenário. Renan foi acusado de tráfico de influência junto à empresa Schincariol na compra de uma fábrica de refrigerantes, espionagem de parlamentares da oposição, participação em esquema de desvio de verbas públicas em ministérios do PMDB, seu partido, e de apresentar notas frias em nome de empresas fantasmas para comprovar rendimentos.

Fonte: Terra
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