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Política

Serra diz que Ciro e Dilma também não assumiram candidatura

28 out 2009 - 19h18
(atualizado às 20h01)
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Pressionado por políticos aliados e de sua própria legenda, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), justificou nesta quarta-feira sua indefinição pela disputa presidencial ao afirmar que o cenário político para a sucessão de 2010 se mantém incerto. Serra afirmou que nomes cotados para a disputa, como o da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), e o do deputado Ciro Gomes (PSB), ainda não assumiram suas candidaturas.

"Sim, para todo mundo (a decisão sairá no ano que vem). Você sabe se o Ciro Gomes vai ser candidato?", questionou Serra. "A Dilma já se declarou candidata? Então por que a ansiedade?"

O governador, que lidera as pesquisas de intenção de voto para a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, negou que vá esperar pelos possíveis concorrentes antes de anunciar se será candidato. "Não estou dizendo isso. Estou só dizendo que não há nada definido no Brasil nesta matéria", disse. "E também não há necessidade, porque é muito cedo."

Ele se negou a comentar declaração do governador de Minas Gerais, o também tucano Aécio Neves, feita na terça-feira, de que lançará sua candidatura ao Senado em janeiro se seu partido não decidir, até dezembro, o nome do candidato à Presidência.

Serra, que disputa com Aécio esta prerrogativa, defende que a escolha seja apenas em março. O governador paulista reiterou declaração dada na véspera de que é legítimo colher dividendos políticos com as ações de governo. "Quando você vai numa campanha você não mostra o que você fez? O grave é mostrar o que não fez", afirmou.

Serra, que disse ser impaciente em sua página do Twitter, afirmou que sua impaciência é com filas de elevador e de banheiro de avião. "Eu tenho nervos de aço em política", afirmou.

Antes da entrevista, o governador participou de assinatura de contrato com o Banco Mundial pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) no valor de US$ 100 milhões.

Os recursos fazem parte de um investimento de R$ 1,39 bilhão em um programa de recuperação de mananciais, que atingirá, entre outras áreas, as represas de Guarapiranga e Billings.

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