O instituto afirmou que 26% das pessoas entrevistadas concordavam que “mulheres com roupas curtas merecem ser estupradas” - e não 65%, como foi inicialmente noticiado.
Para Serra, o Ipea começou a ser degradado durante a era petista. “O Ipea, Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas, sempre manteve um padrão mínimo de seriedade e competência durante décadas, independentemente dos governos de turno. Mas começou a ser degradado e aparelhado na era petista. Agora, foi contaminado pela síndrome da inépcia total do governo Dilma”.
“Confesso que não acreditei nos números. Achei que a pesquisa tinha sido mal feita. E foi. O número verdadeiro é 26%, não 65%”, completou.
A gafe foi tão impactante que o diretor responsável pela área de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, Rafael Guerreiro Osório, pediu exoneração do cargo. Em nota, o Ipea afirma que relatou, "equivocadamente, na semana passada, resultados extremos para a concordância com a segunda frase, que, justamente por seu valor inesperado, recebeu maior destaque nos meios de comunicação e motivou amplas manifestações e debates na sociedade ao longo dos últimos dias”.
O instituto, porém, destacou que os demais resultados se mantêm, “como a concordância de 58,5% dos entrevistados com a ideia de que se as mulheres soubessem como se comportar, haveria menos estupros"
Nas últimas semanas, o dado de 65% causou alvoroço nas redes sociais e motivou uma série de protestos no Brasil inteiro. Até a presidente Dilma Rousseff entrou na campanha "Eu não mereço ser estuprada" e divulgou em seu twitter frases de apoio à jornalista Nana Queiroz, mentora da ideia seguida por milhares de mulheres em todo o País, que postaram imagens com fotografias segurando cartazes com os dizeres.
Indignada, a internauta Amanda Oliveira dispara: "É porque não é a mãe/irmã/namorada de vocês! Parem de culpar a vítima! Culpado é o estuprador! NINGUÉM PEDE para ser estuprada! A culpa NUNCA é da vítima!"
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"Ninguém vai me calar", protesta Ana Carolina Souza
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A mineira Ana Flávia de Souza também tirou a roupa para protestar
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"É uma luta diária, mas cansei de ter q me preservar por conta de uma sociedade machista que não sabe se segurar (vide carro das mulheres). Mulher não tem que se preservar. Não nesse sentido. Pra mim CHEGA" (Ana Karenina Riehl)
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A jornalista Nana Queiroz, organizadora da página de protesto no Facebook, disse que sofreu ameaças,
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Internautas fazem campanha virtual contra o estupro
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"Nuinha, e mesmo assim, não mereço ser estuprada", diz Camila Farias
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Carolina Albim: "É fruto da nossa sociedade doente e destorcida que há séculos cria homens de forma que estes acreditem possuir algum direito sobre o meu corpo e minhas escolhas"
Internautas fazem campanha virtual contra o estupro
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Fernando Ramos Silva utilizou bonecas para apoiar a campanha
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Internautas fazem campanha virtual contra o estupro
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Internautas fazem campanha virtual contra o estupro
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"Guarde seus adjetivos machistas e o seus documentos nas calças, porque meu corpo não é seu, independente do que eu vista ou deixe de vestir. Minha pele não é convite para o estupro" (Gleicy Herllane)
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Internautas fazem campanha virtual contra o estupro
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Jade Mendonça citou a pesquisa, ressaltando que muitas mulheres concordam com a afirmação de que a roupa pode provocar o estupro
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O grupo Anonymous Rio compartilhou a foto da internauta Janaína Candido e apoiou a campanha
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Júlia Ruiz: Porque não é roupa, não é atitude, não é a hora, não é lugar e não é a mulher, a culpa é só de quem estupra
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Internautas fazem campanha virtual contra o estupro
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"Rebele-se contra a cultura do estupro", diz Láh de Freitas
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"Ninguém merece, nem que saia pelada na rua", Iane Maria
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"Improviso no papel aquilo que não deveria ser preciso escrever", Lígia Otero
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Internautas fazem campanha virtual contra o estupro
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Mariana Fantinel tirou a camisa para protestar contra casos de estupro
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"Vejo essa mobilização feminina e masculina, como uma grande iniciativa de mudanças" (Mariana Galvani)
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"Em protesto ao resultado da pesquisa do IPEA, que mostrou que quase 70% dos homens brasileiros acham que "se a mulher soubesse se comportar" não seriam estupradas, ou que "se não usassem roupas curtas" não seriam estupradas" - Marycila Oliveira
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Internautas fazem campanha virtual contra o estupro
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O corpo é MEU, portanto as regras são MINHAS e independente da roupa que eu estiver usando não lhe dá o direito de me assediar, pois TODOS NÓS merecemos respeito! Se informem e coloquem a consciência para funcionar, deixem a sua ignorância de lado e vamos ser racionais diante dessa situação horrível. Não à cultura machista!, diz a internauta Nay Geystenber
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Com roupa decotada, Paula Fernandes questionou o resultado da pesquisa que culpa as mulheres
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Paula Vinhas convida as mulheres para a campanha. "Você não concorda com isso? Nem eu! Então bora mostrar o corpo pra mostrar o quão revoltadas estamos? A ideia é que a gente tire a roupa e se fotografe, da cintura para cima, com um cartaz tampando os seios com os dizeres 'Eu também não mereço ser estuprada' e postemos, todas juntas, ao mesmo tempo, online. Quem tá dentro?"
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Silvia Dias Pereira também participou da campanha
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"Tá aqui minha resposta para os 62% das pessoas que não entendem que sou livre para fazer o que quiser e que nada, absolutamente nada, justifica um ato de estupro" (Stella Montiel)
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"Pior é ver gente fazendo piada sobre isso e achando algo super normal de acontecer" (Thais Marinho)
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"O tamanho do meu decote, não define o tamanho do meu caráter. O tamanho do meu short, não define o tamanho da minha dignidade. O tamanho da minha saia, não define o tamanho da minha integridade. Ônibus lotado não é motivo para encochar, metrô lotado não é motivo para apalpar, roupas apertadas não são desculpas para estuprar", diz Thaís Montanari
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Internautas fazem campanha virtual contra o estupro
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Internautas fazem campanha virtual contra o estupro
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Com uma foto nua, funkeira Valesca Popozuda protestou em seu perfil no Facebook contra o estupro