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Política

Serra ataca Ipea: 'burrice do governo' contaminou instituto

Para Serra, o Ipea começou a ser degradado durante a era petista

6 abr 2014 - 14h53
(atualizado às 15h00)
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José Serra (PSDB) utilizou sua conta oficial no Facebook para criticar o erro cometido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) na pesquisa sobre estupros divulgada no dia 27 de março. “Erraram nos gráficos, nas perguntas e na amostragem. O aparelhamento e a burrice do governo contaminaram até esse instituto. É o efeito contágio”, escreveu Serra.

O instituto afirmou que 26% das pessoas entrevistadas concordavam que “mulheres com roupas curtas merecem ser estupradas” - e não 65%, como foi inicialmente noticiado.

Para Serra, o Ipea começou a ser degradado durante a era petista. “O Ipea, Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas, sempre manteve um padrão mínimo de seriedade e competência durante décadas, independentemente dos governos de turno. Mas começou a ser degradado e aparelhado na era petista. Agora, foi contaminado pela síndrome da inépcia total do governo Dilma”.

“Confesso que não acreditei nos números. Achei que a pesquisa tinha sido mal feita. E foi. O número verdadeiro é 26%, não 65%”, completou.

A gafe foi tão impactante que o diretor responsável pela área de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, Rafael Guerreiro Osório, pediu exoneração do cargo. Em nota, o Ipea afirma que relatou, "equivocadamente, na semana passada, resultados extremos para a concordância com a segunda frase, que, justamente por seu valor inesperado, recebeu maior destaque nos meios de comunicação e motivou amplas manifestações e debates na sociedade ao longo dos últimos dias”.

O instituto, porém, destacou que os demais resultados se mantêm, “como a concordância de 58,5% dos entrevistados com a ideia de que se as mulheres soubessem como se comportar, haveria menos estupros"

Nas últimas semanas, o dado de 65% causou alvoroço nas redes sociais e motivou uma série de protestos no Brasil inteiro. Até a presidente Dilma Rousseff entrou na campanha "Eu não mereço ser estuprada" e divulgou em seu twitter frases de apoio à jornalista Nana Queiroz, mentora da ideia seguida por milhares de mulheres em todo o País, que postaram imagens com fotografias segurando cartazes com os dizeres.

Fonte: Terra
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