Senador Randolfe Rodrigues lança pré-candidatura à Presidência pelo Psol
O senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP) lançou nesta quinta-feira sua pré-candidatura à Presidência em 2014. De acordo com o parlamentar, sua candidatura representará a verdadeira oposição de esquerda ao governo Dilma Rousseff e será um contraponto aos demais nomes na disputa.
“Pelo cenário apresentado, as candidaturas são todas iguais, baseadas nos mesmos pressupostos. Representaremos uma candidatura legitimamente de esquerda”, disse o senador ao Terra.
Para se candidatar ao Planalto em 2014 pelo Psol, Randolfe precisará ainda vencer uma disputa interna dentro de sua própria legenda, já que a ex-deputada federal Luciana Genro afirmou seu desejo de disputar a Presidência pela legenda.
“Pelos números, pelos relatos, acredito que terei um resultado favorável (nas prévias)”, disse Randolfe. “Mas a decisão (sobre o candidato do Psol em 2014) fica para o congresso do partido.”
O congresso que definirá o candidato do Psol em 2014 será realizado no último final de semana de novembro. Questionado sobre uma parceria com Luciana na formação da chapa do partido, o senador não descartou a possibilidade. “Nenhuma hipótese pode ser descartada, mas isso ainda será definido.”
Campanha e alianças
Apesar de ainda não ter sido confirmado como pré-candidato, Randolfe afirmou que terá como proposta o “resgate do Estado brasileiro”, com maior participação do governo na regulação do setor econômico, por exemplo, e a flexibilização nos gastos públicos como forma de atender demandas apresentadas pela população nos protestos de junho deste ano.
“Não podemos ser dependentes do tripé (econômico, que prega câmbio flutuante, superavit primário e meta inflacionária). Eu quero aumentar os investimentos públicos, pra trazer o que foi pedido nas ruas: educação, saúde, mobilidade urbana”, disse o parlamentar.
Segundo Randolfe, o Psol procurará formar uma aliança com outros partidos de esquerda, como o PSTU e o PCB, mas ainda não há definições. “Primeiro vamos acertar a situação do Psol", disse. “Vamos enfrentar as dificuldades de uma candidatura de esquerda, sem o financiamento de grandes corporações, viajando de avião de carreira (...) mas não podemos nos dar ao luxo de termos uma candidatura apenas para marcar posição. Não posso falar em números, mas vamos apresentar um projeto político.”
