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Política

Senado decide nesta sexta-feira seu presidente até 2014

1 fev 2013 - 08h04
(atualizado às 08h04)
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Respeitando o que manda o regimento interno do Senado Federal, os parlamentares definem nesta sexta-feira os novos ocupantes da Mesa Diretora da Casa para os próximos dois anos. O presidente do Senado, que também é presidente do Congresso Nacional, deve ser escolhido rigorosamente em 1º de fevereiro, já que os trabalhos legislativos começam no dia seguinte.

<span style="color: rgb(0, 0, 0); font-family: verdana, geneva, arial, helvetica, sans-serif; font-size: xx-small; text-align: center;">Calheiros (E), com Romero Jucá, Valdir Raupp e o presidente do Senado, José Sarney, em reunião da bancada do PMDB nesta quinta-feira</span>
Calheiros (E), com Romero Jucá, Valdir Raupp e o presidente do Senado, José Sarney, em reunião da bancada do PMDB nesta quinta-feira
Foto: José Cruz / Agência Brasil

O favorito para suceder José Sarney (PMDB-AP) é Renan Calheiros (PMDB-AL). Por ser a maior bancada da Casa, o partido tem a prerrogativa de indicar o presidente. No entanto, o nome do senador não é unanimidade. Envolvido em denúncias desde 2007, quando renunciou à presidência da Casa, as polêmicas voltaram à tona quando o nome de Renan foi novamente citado para assumir o comando do Senado.

Apesar de contar com o apoio da maioria dos senadores, Renan deverá enfrentar uma série de acusações dos próprios colegas na sessão desta sexta-feira. O senador Pedro Taques (PDT-MT) já anunciou que vai concorrer com Renan - e deve concentrar boa parte dos votos dos parlamentares insatisfeitos com a indicação do peemedebista. 

 
Além do PSB, antigo aliado do PMDB, ter anunciado que não apoiará Renan, fazem parte do bloco de senadores “independentes” até peemedebistas, como Pedro Simon (RS) e Jarbas Vasconcelos (PE), além de Eduardo Suplicy (PT-SP), Cristovam Buarque (PDT-DF), Randolfe Rodrigues (Psol-AP) e todos os parlamentares de PSDB. No entanto, o voto para eleger o presidente é secreto, o que abre brecha para todo tipo de resultado.
 
Após a eleição, que também vai decidir os ocupantes dos demais cargos da Mesa e deve ser finalizada na manhã de hoje, os senadores vão formar blocos partidários para escolher os presidentes das comissões do Senado. 
 
Denúncias contra Renan

Em maio de 2007, surgiram as primeiras denúncias de que um lobista da empreiteira Mendes Júnior pagava R$ 12 mil mensais à jornalista Mônica Veloso como pensão alimentícia. A jornalista tem uma filha de Renan Calheiros. Em sua defesa, o senador apresentou documentos que comprovavam renda suficiente para pagar a pensão da filha e que não precisaria da ajuda de lobistas.

 
Diante disso, o Conselho de Ética da Casa recomendou a cassação do mandato do parlamentar, mas o plenário do Senado o absolveu por 40 votos contra, 35 a favor e seis abstenções. No entanto, a pressão fez com que Renan Calheiros renunciasse à presidência do Senado.
 
Naquele mesmo ano, uma nova denúncia abalou a história política do senador. Acusado de ter comprado rádios em Alagoas por meio de "laranjas", novamente Renan foi absolvido pelos colegas em nova votação pela cassação de seu mandato. Dessa vez, o placar foi 48 votos contra e 29 a favor.
 
Outras quatro denúncias foram apuradas no Conselho de Ética, mas não chegaram a ser decididas em Plenário. Renan foi acusado de tráfico de influência junto à empresa Schincariol na compra de uma fábrica de refrigerantes, espionagem de parlamentares da oposição, participação em esquema de desvio de verbas públicas em ministérios do PMDB, seu partido, e de apresentar notas frias em nome de empresas fantasmas para comprovar rendimentos.
Fonte: Terra
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