RJ: polícia pedirá que PM seja indiciado por morte de DG
Dançarino foi assassinado no ano passado no Morro do Pavão-Pavãozinho; outros seis PMs também são acusados
O delegado Gilberto Ribeiro, que investiga a morte do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, o DG, de 26 anos, em abril do ano passado, no Morro do Pavão-Pavãozinho, no Rio (RJ), pedirá nesta quarta-feira (4), ao Ministério Público, que o policial militar Walter Saldanha Correa Júnior seja indiciado por homicídio por ter atirado e assassinado DG. O dançarino trabalhava no programa da apresentadora Regina Casé na época em que foi morto. Outros seis policiais são responsabilizados por falso testemunho e prevaricação e dois inocentados. As informações são do Jornal Nacional.
De acordo com depoimentos dos PMs à Policia Civil, os policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) foram, no dia da morte de DG, checar, por volta de 00h30, uma denúncia anônima de que o chefe da quadrilha que controla a venda de drogas no Pavão-Pavãozinho estava na comunidade. Ao tentarem chegar em uma quadra de esportes no local, os policiais foram alvo de tiros. Eles se separarm, mas quando o tiroteio acabou voltaram para a sede da UPP.
Porém, três dos soldados disseram que viram um vulto passando no alto de um prédio onde os criminosos estariam, pulando para o outro lado, em um muro. E o policial Walter disse, "Pô Valadão (nome de um dos PMs) eu acho que acertei aquele ganso". Foi o momento em que DG acabou atingido por um tiro vindo de baixo para cima, quando tentava fugir do tiroteio.
O dançarino ainda conseguiu pular da laje onde estava para o muro, seguir para o telhado de uma casa, para o teto de uma creche, onde passou por uma caixa d'água que estava destampada, por uma escola, uma creche e caiu morto quando descia uma pequena escada. O tiro perfurou seu pulmou, causando a hemorragia que o matou.
