RJ: ato em defesa de Freixo reúne políticos, artistas e intelectuais
Grupo realizou ato em apoio a parlamentar e criticou cobertura feita pela imprensa na morte do cinegrafista da TV Bandeirantes
Representantes de movimentos sociais e da sociedade civil, intelectuais, artistas, políticos e magistrados se reuniram na noite desta sexta-feira no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no centro da capital fluminense, para um ato de desagravo em apoio ao deputado estadual Marcelo Freixo (Psol).
Entre os presentes no ato estavam o deputado federal Chico Alencar (Psol-RJ), os senadores Randolfe Rodrigues (Psol-AP) - pré-candidato à Presidência ao lado de Luciana Genro, também presente ao evento -, Lindbergh Farias (PT-RJ) - pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro -, o cantor e compositor Caetano Veloso; o antropólogo Luiz Eduardo Soares, a socióloga Julita Lemgruber, o ator Gregório Duvivier, entre outros
Os participantes do ato criticaram a maneira como a imprensa, em especial a Rede Globo, cobriu a morte do cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade, atingido por um rojão disparado durante um protesto na capital fluminense no último dia 9.
No último dia 9, o estagiário do advogado Jonas Tadeu, que representa os acusados pela morte do cinegrafista, afirmou que recebeu ligações da ativista Elisa Quadros, conhecida como Sininho, afirmando que o suspeito que acendeu o rojão era ligado à Freixo. A polícia colheu o depoimento do estagiário e fez um termo de declaração. Para o deputado, a denúncia feita pelo advogado é frágil e beira o absurdo.
No dia 10, o deputado, em entrevista coletiva, negou qualquer relação com os suspeitos da morte de Santiago. “Não tenho a menor ideia de quem foi o responsável por aquela ação que vitimou o Santiago, que é uma pessoa conhecida e querida de nós. Espero que o responsável seja identificado e responsabilizado. Sou radicalmente contra toda e qualquer violência e isso precisa ser investigado. Conheci a Sininho através da imprensa e esse número para o qual ela ligou é um número da Comissão de Direitos Humanos muito conhecido e antigo. Em que diz respeito a este termo, não tem o menor sentido durante um depoimento um telefonema de um advogado que diz que ouviu um depoimento, uma conversa que só ele ouviu, que a própria ativista nega. Isso precisa ser apurado", afirmou.
Em nota lida durante o Jornal Nacional desta segunda-feira, a TV Globo afirmou que “entende o desconforto” do parlamentar e de seus apoiadores, mas disse ter cumprido fielmente “sua missão de informar”.