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Política

Delator da UTC pode ficar calado em CPI da Petrobras

Os deputados devem decidir na próxima semana se marcam ou não o depoimento do empresário

3 jul 2015 - 08h26
(atualizado às 08h49)
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O empresário Ricardo Pessoa, dono da empreiteira UTC, poderá ficar calado se for convocado a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras
O empresário Ricardo Pessoa, dono da empreiteira UTC, poderá ficar calado se for convocado a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras
Foto: Reprodução

O empresário Ricardo Pessoa, dono da empreiteira UTC, poderá ficar calado se for convocado a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras. O presidente da comissão, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), informou na quinta-feira que recebeu a confirmação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki.

Pessoa, que já firmou delação premiada, foi convocado para depor na CPI. Na última segunda-feira, Motta pediu que o ministro definisse as condições para o depoimento do empresário.

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“A resposta do ministro Teori diz que na condição de investigado, o senhor Ricardo Pessoa tem garantia de que não vai produzir provas para se autoincriminar", disse Motta. Os deputados devem decidir na próxima semana se marcam ou não o depoimento do empresário.

O presidente da comissão também teve negado o pedido de acesso aos termos da delação premiada. “O STF não compartilhou os termos, e mantém a delação sob sigilo, e isso nos impede de cobrar que o senhor Ricardo Pessoa venha aqui e faça esclarecimentos", ressaltou. Com base nesse posicionamento, o parlamentar paraibano informou que só lhes resta respeitar a decisão, mas acrescentou que na volta do recesso parlamentar vai pedir entrevista com o ministro para tentar ter acesso às informações.

Ricardo Pessoa teve acordo de colaboração judicial homologado pelo STF há uma semana, e é apontado pelo Ministério Público Federal como o coordenador do cartel de empreiteiras que atuava na Petrobras.

Na quinta-feira, a CPI ouviu, em sessão reservada, o depoimento de dois policiais federais sobre denúncias de uma escuta clandestina na cela do doleiro Alberto Youssef, na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, divulgada recentemente pela imprensa.

Em seguida, os deputados ouviram o empresário Auro Gorentzvaig, ex-acionista da Petroquímica Triunfo. Ele disse, em depoimento à CPI da Petrobras, que a empresa foi “expropriada” em benefício de uma subsidiária da empreiteira Odebrecht, a Braskem.

Na próxima semana, a comissão terá várias audiências. Entre elas, as acareações do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque com o ex-gerente de Serviços e Engenharia da estatal Pedro Barusco; e de Barusco com o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.

Agência Brasil Agência Brasil
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