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Política

Reta final da campanha eleitoral começa com o mercado agitado

29 set 2014 - 22h11
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A campanha para as eleições de 5 de outubro entraram nesta segunda-feira na última semana com um mercado financeiro agitado diante do cenário que se consolida nos últimos dias com a recuperação nas enquetes do favoritismo da presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT.

Enquanto os principais candidatos começaram a intensificar sua captação de votos em regiões estratégicas para seus partidos, o mercado financeiro viveu hoje uma forte queda na bolsa de São Paulo, com a maior variação negativa dos últimos três anos, e do real, que se desvalorizou para registrar o menor preço desde agosto de 2013.

O índice Ibovespa desabou 4,52% e o real caiu 1,65% frente ao dólar, em movimentos associados à divulgação de resultados de novas pesquisas de intenções de voto que confirmam uma recuperação de Dilma e a perda de força de Marina Silva (PSB).

Na mais recente pesquisa do Instituto MDA, elaborada para a Confederação Nacional do Transporte (CNT), Dilma lidera no primeiro turno com 40,4% das intenções de voto, seguida por Marina, com 25,2%.

Na quase certo segundo turno, previsto para 26 de outubro, Dilma conseguiu uma vantagem de nove pontos percentuais, com 47,7% dos votos, contra 38,7% de Marina.

Dilma concentrou suas atividades políticas hoje nos estados de Minas Gerais, reduto político de Aécio Neves (PSDB), e São Paulo, no qual Marina é favorita.

Em Belo Horizonte, a atual presidente visitou a favela de Aglomerado da Serra e pediu o voto dos eleitores para "não retroceder nas conquistas" dos 12 anos de governo do PT, como o aumento de salários e os programas sociais liderados pelo Bolsa Família.

Já em São Paulo, antes de um encontro com representantes da comunidade gay, Dilma deu uma entrevista coletiva e depois realizou um comício político no bairro de Campo Limpo, uma das regiões mais pobres da capital paulista.

"Em meu governo, tanto pública como pessoalmente, somos contra a homofobia", declarou a candidata um dia depois dos comentários homofóbicos realizados no debate televisivo de ontem pelo candidato Levy Fidelix (PRTB).

"Não podemos conviver com processos de discriminação que ajudem à violência. Eu acho que a homofobia deve ser criminalizada", completou.

A chefe de Estado defendeu também a atuação no financiamento de projetos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a principal instituição de fomento do país e criticado por alguns de seus rivais na eleição.

"É muito difícil ter uma obra de energia elétrica, tanto na área de transmissão como na de geração hidrelétrica, por exemplo, sem ter o BNDES como um dos maiores agentes financeiros", considerou.

Por sua parte, Marina visitou Pernambuco, estado natal de Eduardo Campos, ex-governador morto no último dia 13 de agosto em um acidente aéreo e que era até então o candidato presidencial do PSB.

Na cidade de Caruaru, Marina se comprometeu a terminar as obras de transposição do rio São Francisco, um ambicioso projeto que espera levar água potável a 12 milhões de pessoas.

Segundo Marina, a conclusão de obras faz parte da "agenda prioritária" de seu eventual governo.

Terceiro colocado nas pesquisas, Aécio realizou hoje sua campanha em São Bernardo do Campo, cidade na região metropolitana de São Paulo e berço político do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em São Bernardo, Aécio anunciou que seu programa de governo será lançado, a partir desta segunda-feira, em uma "plataforma diferente" através de seu perfil no Facebook e com a participação de seus principais assessores em áreas específicas, que debaterão com os eleitores.

A proposta de governo do tucano está fundamentada em quatro eixos: desenvolvimento sustentável, cidadania plena, estado democrático e desenvolvimento para todos.

EFE   
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