PUBLICIDADE

Política

Em balanço, Renan destaca "protagonismo" do Congresso

“Apenas para ilustrar, lembro que quebramos o monopólio da União e avançamos no Orçamento Impositivo", disse o presidente do Senado

17 jul 2015 - 14h54
Compartilhar
Exibir comentários

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), reafirmou nesta sexta-feira (17) o compromisso com a independência dos poderes da República. Segundo ele, além da crise, é preciso rediscutir o modelo de coalizão existente. “O método atual, de aparelhamento e fisiologia, está exaurido e precisamos, sempre, qualificar programaticamente as coalizões, a fim de preservar a independência dos poderes e a solidez democrática”, disse. 

Em documento enviado aos jornalistas com um balanço das atividades do semestre, Renan destacou a aprovação de medidas que tiveram resistência do governo e afirmou que “o Congresso não se aproveita de nenhuma circunstância para se afirmar, mas se afirma amparado em suas prerrogativas constitucionais para otimizar suas missões precípuas de legislar e fiscalizar.”

Siga Terra Notícias no Twitter

O presidente do Senado disse ainda que o “protagonismo” não começou agora. “Apenas para ilustrar, lembro que quebramos o monopólio da União e avançamos no Orçamento Impositivo. Em relação às medidas provisórias, inovamos ao fixar um prazo mínimo para chegada delas. No Supremo [Tribunal Federal], provamos não ser admissível o controle preventivo da constitucionalidade. Também devolvemos aos parlamentares a palavra final sobre o processo legislativo, com a apreciação periódica de vetos presidenciais”, acrescentou.

Ao comentar o momento econômico, ele criticou o ajuste fiscal
Ao comentar o momento econômico, ele criticou o ajuste fiscal
Foto: Jane de Araújo / Agência Senado

Ao comentar o momento econômico do país, ele criticou as medidas do ajuste fiscal. Segundo ele, o Congresso, no seu limite, forneceu as ferramentas [para aprovação das medidas], mas os resultados, "como alertamos", são muito modestos. "O ajuste fiscal caminha celeremente para ser um desajuste social com a explosiva combinação de recessão, inflação alta, desemprego e juros pornográficos. Até aqui só o trabalhador pagou a conta e não há ainda horizonte após o ajuste. Não é a política que contamina a economia. Quem alimenta a crise política é a crise econômica”, acrescentou.

Para o próximo semestre, que começa em agosto, depois do recesso, Renan adiantou que concentrará esforços para conclusão da votação de propostas da reforma política e da agenda federativa, votando a redução das alíquotas do ICMS, a redistribuição dos custos com a segurança pública e toda agenda negociada com governadores e prefeitos.

A Agência Brasil fez contato com a assessoria da Presidência da República, mas não teve retorno até a publicação da reportagem. 

As principais notícias da manhã no Brasil e no mundo (17/07):
Agência Brasil Agência Brasil
Compartilhar
Publicidade
Publicidade