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Política

Renan diz que declaração de Barbosa não ajuda a fortalecer as instituições

Presidente do STF afirmou em palestra que o Congresso é dominado pelo Poder Executivo, e que os partidos políticos são "de mentirinha"

21 mai 2013 - 13h46
(atualizado às 14h13)
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As declarações do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, de que o Congresso é submisso ao Executivo, e os partidos políticos são "de mentirinha", não colaboram para o "fortalecimento" dos Poderes, afirmou nesta terça-feira o presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL). "A declaração não colabora com o fortalecimento das instituições", disse Renan a jornalistas.

O presidente do STF afirmou na segunda, em uma palestra para universitários em Brasília, que o Legislativo é "ineficiente" e "inteiramente dominado pelo Poder Executivo". Em nota divulgada na tarde da segunda-feira, a Secretaria de Comunicação Social do STF afirmou que Barbosa falou na palestra na condição de "acadêmico e professor", que expressou opiniões ao ser questionado pelos alunos e não tinha a intenção de "criticar ou emitir juízo de valor a respeito da atuação do Legislativo e de seus atuais integrantes".

"Eu acho que, com certeza, não falou ali o chefe do Poder. É provável que tenha falado o professor. Fica muito difícil nessas horas você saber se é o chefe de Poder ou se é o professor", ponderou Renan.

O Congresso e o STF protagonizaram, recentemente, um clima de disputa quando uma comissão da Câmara dos Deputados aprovou uma proposta que obriga a submeter algumas decisões da Corte a uma avaliação do Parlamento. Na mesma semana, o Supremo determinou a suspensão de tramitação no Senado de um projeto que limita a criação de partidos políticos.

Também houve embates entre os dois Poderes no fim do ano passado. O STF emitiu decisão sobre a análise de vetos presidenciais no Congresso - o que foi encarado como uma agressão à autonomia do Poder e afetou votações importantes, como a do Orçamento de 2013 -, além de uma discussão entre as duas instituições sobre quem teria a prerrogativa de cassar os mandatos de deputados condenados no processo do mensalão.

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