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Política

PV: acusação de Rebelo é 'caluniosa e duplamente injusta'

13 mai 2011 - 14h27
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O PV divulgou nesta sexta-feira uma nota de desagravo à ex-ministra do Meio Ambiente e ex-senadora Marina Silva sobre os comentários do deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP) na quarta-feira no plenário da Câmara. Para o partido, Rebelo "fez uma acusação caluniosa" e "duplamente injusta".

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De acordo com a nota, assinada também pela bancada do PV na Câmara, Rebelo se equivocou a dizer que Marina o teria acusado no microblog Twitter de fraudar o texto do novo Código Florestal, do qual é relator. "O deputado foi mal informado. Marina disse que ele havia apresentado seu relatório e que nele havia 'pegadinhas'. Em momento algum referiu-se a fraude", diz a nota, explicando que as tais pegadinhas seriam "trocas de palavras para induzir o Plenário a erro, e desaparecimento de artigos inteiros".

Depois de responder à suposta acusação da ex-senadora, o deputado disse que quem cometia fraude era seu marido, Fabio Vaz de Lima, o que a sigla considera como "o mais grave". O PV alega que as acusações a Fabio, quando sua mulher era ministra, faziam parte de uma onda de "calúnias", devido a sua postura de "combater corajosamente o desmatamento ilegal da Amazônia e os crimes ambientais em todo o País".

Rebelo disse em Plenário que não intimou Fabio a depor sobre uma dessas denúncias na Casa em 2004, quando era líder do governo, para ajudar Marina. De acordo com a legenda, tal denúncia era "vazia, covarde, feita por criminosos que queriam vingança contra quem comandava a ação do Estado para impor a lei", e que Rebelo sabia disso, por isso não o chamou: "para evitar que a Casa fosse usada para a ação de vingança de criminosos." O PV encerra a nota afirmando que Marina Silva foi "atacada covardemente contra o que ela tem de mais caro - a sua honra".

Marina se defende
Marina Silva já havia dito ontem que as acusações sobre o período em que esteva à frente do Ministério do Meio Ambiente eram "uma tentativa de intimidação" com o objetivo de desviar o foco do debate do Código Florestal, que está em tramitação na Câmara dos Deputados. A ex-ministra explicou que quando chefiava a pasta houve um processo de investigação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) com a Polícia Federal que resultou na prisão de 725 pessoas, apreensão de 1 milhão de m³ de madeira, proibição de 37 mil propriedades de grilagem e aplicação de R$ 4 bilhões em multas. Depois da operação, disse Marina, começaram a circular "dossiês apócrifos" com acusações.

Em 2004, um requerimento apresentado à Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara pediu a presença de Fabio Vaz de Lima para prestar esclarecimentos sobre denúncias de superfaturamento em contratações do Ibama. Para Marina, tratou-se de um movimento "fazendo coro com os que queriam me intimidar".

Hoje, Aldo Rebelo disse à imprensa que se "exaltou" durante seu pronunciamento na quarta-feira.

Fonte: Terra
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