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Política

PT diz que deputado tucano não pode relatar CPI contra Yeda

20 ago 2009 - 18h55
(atualizado às 19h05)
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A bancada do PT na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul afirmou, em entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira, que o deputado Coffy Rodrigues (PSDB) não tem isenção para conduzir o relatório da CPI criada para investigar as denúncias de corrupção no governo de Yeda Crusius (PSDB). Além de pertencer ao mesmo partido da governadora, Coffy tem vínculos com envolvidos nas fraudes apontadas pelas operações Rodin e Solidária, afirmou o deputado Daniel Bordignon (PT).

O petista afirmou que Rosi Guedes Bernardes, adjunta de Coffy na Secretaria de Obras, participou do processo de licitação irregular das barragens Jaguari e Taquarembó, investigado na Operação Solidária. Alexandre Moreira, que trabalhou na Secretaria de Obras e hoje é assessor de Coffy, é um dos citados na ação de improbidade administrativa do Ministério Público Federal, segundo o PT.

Segundo conversas entre Lair Ferst e Marcelo Cavalcanti, teria sido Moreira o responsável por transportar R$ 400 mil doados à campanha de Yeda Crusius por empresas fumageiras de Santa Cruz do Sul. Esse recurso teria sido usado para a compra da casa da governadora.

"Estes fatos não garantem isenção ao relator e não contribuem para o bom andamento da CPI", disse Bordignon. O parlamentar afirmou que o trabalho da CPI do Detran foi comprometido pelo fato de o relator ter sido um deputado tucano.

Após a coletiva, a bancada do PSDB afirmou, em nota, que o PT tenta "manchar a honra do deputado Coffy Rodrigues (PSDB)" com base em "críticas infundadas para encontrar impedimentos inexistentes".

DEM
Também nesta quinta-feira, o líder da bancada do DEM, Paulo Borges, o deputado federal Onyx Lorenzoni e o deputado estadual Marquinho Lang entregaram ao presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ivar Pavan, um requerimento pedindo a instauração de processo disciplinar contra Coffy Rodrigues. Eles pedem a cassação do parlamentar por ele ter feito "repetidas acusações" contra o vice-governador do Estado, Paulo Feijó (DEM), que rompeu com o governo de Yeda Crusius.

Coffy havia pedido o impeachment de Feijó, acusando-o de irregularidades em assinaturas de contratos. O DEM afirma que, no último dia 13 de agosto, o Ministério Público Estadual divulgou parecer afirmando que não há irregularidades nos atos praticados pelo vice-governador.

Fonte: Terra
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