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Política

PSDB acusa Dilma de usar pronunciamento para promover o PT

24 jan 2013 - 15h41
(atualizado às 23h01)
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O presidente nacional do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra (PE), teceu duras críticas à presidente Dilma Rousseff, em nota divulgada nesta quinta-feira, acusando-a de fazer uso da máquina pública para promover o PT e sua candidatura vencedora nas eleições de 2012. De acordo com Guerra, ao anunciar a redução do valor nas contas de luz em rede nacional de rádio e TV, na última quarta-feira, Dilma usou o espaço para atacar a imprensa e desqualificar a oposição.

"Durante os oito minutos de divulgação obrigatória por parte das emissoras de rádio e TV brasileiras, a presidente Dilma faltou com a verdade, fez ataques a seus adversários, criticou a imprensa e desqualificou os brasileiros que ousam discordar de seu governo", diz Guerra na nota, na qual classifica o pronunciamento como a "mais agressiva utilização do poder público em favor de uma candidatura e de um partido político".

Segundo Guerra, o pronunciamento oficial da presidente teve um viés político-partidário, que "pode ser constatado inclusive pela substituição do brasão da República pela marca publicitária do atual governo na vinheta de abertura" da fala da presidente, considerada uma "peça publicitária" pelo deputado.

"O conceito de República foi abandonado. A chefe da Nação, que deveria ser a primeira a reconhecer-se como presidente de todos os brasileiros, agora os divide em dois grupos: o 'nós' e o 'eles'. O dos vencedores e o dos derrotados. Os do contra e os a favor", acusa Guerra, para quem Dilma parecia fazer "um discurso numa reunião interna do PT, em meio ao agitar das bandeiras e ao som da charanga do partido".

"No governo do PT, tudo é propaganda, tudo é partidarizado. Nada aponta para o equacionamento verdadeiro dos problemas do País ou para uma solução efetiva", prossegue o presidente do PSDB, que ressaltou que a redução da conta de luz já havia sido "prometida em rede nacional há quatro meses e alardeada em milionária campanha televisiva paga pelos contribuintes".

Por fim, Guerra afirma que Dilma precipita a disputa eleitoral de 2014, através de um "lançamento prematuro de uma campanha à reeleição, às custas do uso da máquina federal e das prerrogativas do cargo presidencial".

Críticas do DEM

O presidente nacional do Democratas (DEM), José Agripino, também criticou a medida anunciada por Dilma, afirmando que "faltou cautela" à mandatária. "O que é bom para os brasileiros, a oposição aplaude. Mas a proclamada redução das tarifas de energia elétrica precisa acontecer e ter permanência. A medida tem por base o esforço de muitos brasileiros que terão de subsidiar o governo, e de investidores que podem cortar parte dos recursos para a proteção do sistema. Só por isso, o anúncio da diminuição das tarifas deveria ter sido marcado pela cautela do que pelo exagero do desafio o qual o governo pode um dia se arrepender. Deus queira que tudo dê certo", afirmou Agripino, em nota.

Pronunciamento

Na noite de quarta-feira, a presidente Dilma Rousseff anunciou, em pronunciamento em rede nacional, uma redução de 18% nas contas de luz de residências e de até 32% para as indústrias, agricultura, comércio e serviços, válida já a partir desta quinta-feira. Em resposta aos boatos sobre o risco de desabastecimento de energia no País, Dilma disse que o Brasil tem energia suficiente para o presente e para o futuro, "sem nenhum risco de racionamento ou qualquer tipo de estrangulamento, no curto, médio ou no longo prazo".

"Surpreende que algumas pessoas, por precipitação, desinformação ou outro motivo, tenham feito previsões sem fundamento quando os níveis dos reservatórios baixaram e as térmicas foram normalmente acionadas. Como era de se esperar, essas previsões fracassaram, o Brasil não deixou de produzir um único quilowatt que precisava. E agora, com a volta das chuvas, as térmicas voltarão a ser menos exigidas", explicou.

Durante o pronunciamento, a presidente também criticou os que, segundo ela, "são sempre do contra", e não acreditavam que o governo conseguiria baixar os juros, aumentar o nível de emprego e reduzir a pobreza. "Nesse novo Brasil, aqueles que são sempre do contra estão ficando para trás. Pois nosso País avança sem retrocesso em meio a um mundo cheio de dificuldades. Hoje podemos ver como erraram feio no passado os que não acreditavam que era possível crescer e distribuir renda, que pensavam ser impossível que dezenas de milhões de pessoas saíssem da miséria e não acreditavam que o Brasil virasse um país de classe média", afirmou.

Com informações da Agência Brasil.

Fonte: Terra
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