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Política

PSC mantém pastor na CDH; deputado descarta renúncia da presidência

12 mar 2013 - 18h10
(atualizado às 18h12)
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Deputado do PSC é alvo de críticas de ativistas por conta de comentários considerados racistas e homofóbicos
Deputado do PSC é alvo de críticas de ativistas por conta de comentários considerados racistas e homofóbicos
Foto: Reprodução

Após reunião com toda a bancada do PSC, os deputados decidiram, por unanimidade, manter o nome do Pastor Marco Feliciano (SP) para presidir a Comissão de Direitos Humanos, apesar das inúmeras manifestações contrárias à eleição dele para o colegiado. Segundo o líder da legenda, André Moura (SE), a decisão foi tomada por unanimidade de todos os membros da bancada do PSC na Câmara. 

“Ele nos deu a certeza de que vai presidir e conduzir os trabalhos de forma ampla, respeitando a posição de todos os segmentos e de todas as minorias”, afirmou Moura, após a reunião dos deputados.

O presidente da CDH, que também participou da reunião, disse apenas que faria um pronunciamento amanhã, antes da primeira sessão da comissão neste ano. “Meu partido pediu que eu ficasse e eu fico”, afirmou Feliciano, que se declarou uma pessoa “serena”, quando perguntado se permaneceria na presidência da comissão mesmo com as inúmeras manifestações contrárias.

Na noite de ontem, constavam, na pauta de votações da CDH, projetos de lei como o que institui a realização de um plebiscito para que a sociedade opine sobre a união civil entre pessoas do mesmo sexo (um dos projetos é de autoria do próprio Feliciano) e outro que trata da heterofobia - e torna crime a discriminalização de heterossexuais. 

Hoje, no entanto, não havia itens para votação na CDH na reunião de amanhã. Segundo o presidente da comissão, a pauta ainda será definida hoje e terá “temas interessantes”. 

Reunião de líderes

Mais cedo nesta terça, os líderes partidários discutiram, em reunião, a situação do pastor à frente da CDH e as manifestações contrárias à sua permanência. Segundo o líder do Psol na Câmara, Ivan Valente (SP), o desgaste atinge também a Casa. “Esperamos a revogação, a renúncia ou uma nova pessoa para assumir a CDH. É preciso que o PSC tenha a sensibilidade que é impossível a CDH funcionar normalmente em 2013 desse jeito”, disse.

Manifestação

Mais de 150 ativistas dos direitos humanos se manifestaram na tarde de hoje na Câmara dos Deputados contra a eleição de Feliciano para presidir a comissão. Eles foram impedidos de entrar no Salão Verde da Casa - conforme regras do regimento interno - e conduzidos ao Salão Negro, sob a “custódia” do deputado Jean Wyllys (Psol-RJ). O parlamentar pediu que os manifestantes não depredassem o local.

Munidos de apitos e faixas, os ativistas prometeram voltar nesta quarta-feira, quando está marcada a primeira reunião da CDH sob a batuta de Feliciano, com ainda mais gente. Eles gritavam frases de ordem, como “Até o Papa renunciou, Feliciano sua hora já chegou”. Os manifestantes deixaram claro que não aceitam nenhuma outra indicação do PSC para ocupar a presidência do CDH.

Fonte: Terra
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