PUBLICIDADE

Política

Propina no Dnit pagou conserto de carro de amante, diz inquérito

25 jul 2011 - 08h52
(atualizado às 09h03)
Compartilhar

Pelo menos 12 das 23 superintendências regionais do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) são objeto de inquéritos do Ministério Público e da Polícia Federal, sob suspeitas que vão de benesses à amante de um dirigente no Ceará a pagamentos de "mensalão". No PI, empreiteira de irmãos do deputado federal Marcelo Castro (PMDB) recebeu do Dnit metade do que foi liberado para o Estado em 2010 - R$ 36 milhões. Em MT, um irmão do superintendente Nilton de Brito, mantém contratos de R$ 26 milhões com o órgão. Funcionários públicos, parentes e empreiteiras foram denunciados por procuradores da República no CE, em maio deste ano, sob a suspeita de fraudes no Dnit local. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

A denúncia diz que empresas pagariam "mensalão" e teriam escritórios no Dnit. Segundo o inquérito, a empreiteira Delta pagou até o conserto de carro para uma pessoa classificada como amante de um supervisor do Dnit em Fortaleza. O esquema de propina fixa (5% sobre os pagamentos) teria ocorrido no RN, por suposta exigência dos dirigentes do Dnit, ligados ao PR e presos em 2010. No RS, a Procuradoria investiga o pagamento, por empreiteiras, de despesas de manutenção de unidades locais do Dnit. No AC, também sob comando do PT, três assessores do ex-governador e hoje senador Jorge Viana e quatro empreiteiros foram denunciados pela Procuradoria em 2009 por desvios de R$ 22,8 milhões. O Dnit informou que toma todas as providências necessárias em relação às suspeitas levantadas pelo MPF e pela PF. Segundo o órgão, os servidores de carreira responsabilizados vão responder a processo administrativo. Sobre indicações políticas, o Dnit informou que as nomeações para as superintendências são feitas pelo ministro dos Transportes, com aval da Casa Civil. Quanto às investigações no RN e no CE, o Dnit disse que alguns dos envolvidos não são do quadro do órgão. O superintendente de MT nega ter beneficiado o irmão.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade