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Política

Procuradoria denuncia Renan Calheiros ao STF

26 jan 2013 - 21h28
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O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, apresentou denúncia contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A denúncia foi apresentada na sexta-feira passada por Gurgel, cujo escritório não quis dar detalhes do caso, porque o inquérito está sob segredo de justiça.

O próprio Calheiros, que é favorito a vencer em fevereiro a eleição para a presidência do Senado, divulgou neste sábado um comunicado em que admitiu a denúncia e pôs em dúvida as intenções da Procuradoria.

"A investigação foi aberta em agosto de 2007 e, apesar de se encontrar parada na Procuradoria desde fevereiro de 2011, a denúncia foi apresentada justamente na sexta-feira anterior à escolha para presidente do Senado Federal", questionou o parlamentar em sua nota.

Segundo Calheiros, a atitude de Gurgel "é suspeita e possui natureza nitidamente política".

No caso de a denúncia da Procuradoria ser aceita, Calheiros se tornará réu em processo do STF.

O político era investigado pela Procuradoria desde 2007 por supostamente ter apresentado nostas fiscais frias para tentar justificar seu patrimônio.

Na época, se descobriu que um empresário pagava o aluguel do apartamento em que vivia uma jornalista que era amante de Calheiros e com a qual teve uma filha.

O parlamentar alegou ser responsável pelo aluguel da jovem e, para demonstrar a origem dos recursos com os quais pagava as despesas de sua amante, apresentou recibos de venda de gado que aparentemente são falsos.

Calheiros era então presidente do Senado e, pressionado por seus colegas, renunciou ao cargo antes de os próprios parlamentares o declararem inocente em um julgamento político.

O senador tenta novamente ser eleito presidente do Senado, e consequentemente do Congresso, em uma campanha na qual conta com o respaldo de todos os partidos governistas, incluindo o PT.

"O senador Renan Calheiros lamenta a injustificável demora (da Procuradoria) e que agora a acusação, já julgada pelo Senado, seja apreciada pelo Supremo Tribunal Federal em um ambiente de imparcialidade", segundo a nota da assessoria do legislador.

EFE   
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