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Política

Procuradores devem pedir fim de secretaria criada por Yeda

16 jul 2009 - 07h38
(atualizado às 10h12)
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Procuradores do Rio Grande do Sul devem protocolar nesta quinta-feira, no Ministério Público Estadual, uma representação contra a lei que criou a Secretaria Estadual da Transparência. A alegação é que a existência da pasta compromete a atuação do órgão, responsável por apurar possíveis atos de improbidade. As informações são do jornal Zero Hora.

A secretaria foi criada pela governadora Yeda Crusius (PSDB) em 2008, em meio a denúncias de corrupção em sua gestão. Para a procuradora Fabiana da Cunha Barth, presidente da Associação dos Procuradores do Estado (Apergs), "é ruim" que se crie uma secretaria submetida ao gabinete do governador, para investigar atos de governo.

Na semana passada, a governadora aceitou nesta quinta-feira o pedido de demissão do secretário da Transparência e Probidade Administrativa, Carlos Otaviano Brenner de Moraes. Em nota, Yeda convidou o atual chefe adjunto da Casa Civil do Governo do Estado, Francisco Luçardo, para assumir interinamente a Secretaria. A assessoria do governo não informou o motivo da saída de Brenner. Ele estava no cargo desde outubro do ano passado.

Denúncias

O governo de Yeda tem sido alvo de acusações desde a Operação Rodin, da Polícia Federal, que investigou um suposto esquema envolvendo fraudes em contratos de prestação de serviços da Fundação de Apoio à Tecnologia e Ciência (Fatec) e Fundação para o Desenvolvimento e Aperfeiçoamento da Educação e da Cultura (Fundae) para o Detran, e que causou o desvio de aproximadamente R$ 44 milhões dos cofres públicos, segundo estima o Ministério Público.

A situação ficou mais complicada depois que a revista Veja divulgou gravações mostrando conversas entre Marcelo Cavalcante, ex-assessor da governadora, e o empresário Lair Ferst, um dos coordenadores da campanha de Yeda e réu na Operação Rodin. O áudio indicaria o uso de caixa dois na campanha de Yeda para o governo do Estado.

Fonte: Terra
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