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Política

Preso por críticas a Feliciano diz que apenas gritou palavras de ordem

Antropólogo foi preso após gritar 'racista' em protesto contra o presidente da CDH, Marco Feliciano, que pediu a prisão do manifestante

27 mar 2013 - 19h01
(atualizado às 21h00)
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Deputado Marco Feliciano (centro, de costas) preside mais uma sessão tumultuada da Comissão de Direitos Humanos
Deputado Marco Feliciano (centro, de costas) preside mais uma sessão tumultuada da Comissão de Direitos Humanos
Foto: Alexandra Martins / Agência Câmara

O antropólogo Marcelo Régis Pereira, 35 anos, que foi preso pela Polícia Legislativa após gritar a palavra “racista” em protesto contra o presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara dos Deputados, Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), afirmou, logo após ser ouvido e liberado pela polícia, que apenas gritou palavras de ordem contra o deputado assim como faziam outras pessoas. Ele disse ainda que pediu a um dos palestrantes que abandonasse a mesa “composta por pessoas racistas” e se juntasse aos movimentos sociais. As informações são da Agência Câmara.

O antropólogo afirmou que foi tratado com “gentileza” pela polícia da Casa e disse que não faz parte de nenhum partido ou movimento social organizado. Ele disse também que se uniu aos protestos contra Feliciano por solidariedade aos movimentos de gays, negros e feministas. Ele disse ainda que pretende voltar a se manifestar em todas as reuniões conduzidas por Feliciano.

O pastor pediu a prisão de Régis após o antropólogo gritar a palavra “racista” em protesto contra o deputado. “Este senhor vai ter que provar que sou racista", disse o parlamentar enquanto os policiais levavam Regis.

Segurança afirma que foi agredido

Segundo informações da Câmara dos Deputados, um policial legislativo teria sido agredido durante a confusão que se formou entre os manifestantes contrários à permanência do pastor na presidência da CDH e os seguranças da Casa. 

Thiago Oliveira Bessa afirmou ter levado socos e “gravatas” de manifestantes e disse que conseguiu reconhecer um dos agressores. Ele registrou boletim na polícia da Câmara e seguiu para a Polícia Civil, para ser submetido a exame de corpo de delito.

Segundo liberado

Após ser ouvido e liberado pela Polícia Legislativa, o servidor público Allyson Prata contou ter sido ofendido e agredido pela segurança da Câmara. Ele mostrou marcas no braço das supostas agressões e afirmou que vai ao Instituto Médico Legal (IML) fazer exame de corpo de delito.

Após tumulto, manifestante é preso a pedido de Feliciano:

Prata entende que foi detido injustamente ao tentar negociar com a segurança da Casa uma forma de conter a manifestação em frente ao gabinete do presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, deputado Marco Feliciano.

Ele disse ainda que as agressões não vão impedi-lo de continuar agindo contra Marco Feliciano e que vai entrar com uma ação contra a Câmara pelo acontecido.

Antes de Allysson, a Polícia Legislativa ouviu o antropólogo Marcelo Régis, levado pelos policiais para prestar esclarecimentos após o presidente da Comissão de Direitos Humanos afirmar ter sido acusado de racismo pelo manifestante.

Fonte: Terra
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