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Política

Preso desde setembro, prefeito de Dourados renuncia ao cargo

1 dez 2010 - 22h02
(atualizado às 22h13)
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Ítalo Milhomem
Direto de Campo Grande

O prefeito afastado de Dourados, no Mato Grosso do Sul, Ari Artuzi (sem partido) renunciou ao cargo oficialmente no final da tarde desta quarta-feira, por meio de uma carta enviada por seu advogado à Câmara de Vereadores do município.

Artuzi está preso desde o dia 1° de setembro, quando foi desencadeada pela Polícia Federal a operação Uragano, que resultou na prisão de 28 pessoas e o indiciamento de mais 60 envolvidos em esquema de corrupção, fraudes em licitações e "mensalinho" para autoridades políticas. Estariam envolvidos o prefeito, o vice-prefeito, secretários municipais, vereadores e empresários do Estado.

Também renunciaram o vice-prefeito, Carlinhos Cantor (PR), e o presidente da Câmara, Sidlei Alves (DEM). Ambos foram afastados dos cargos após a operação da PF também e estão presos.

Com a renúncia oficial das autoridades máximas do município, as duas comissões parlamentares que pediam a cassação dos envolvidos devem ser encerradas. A cidade de Dourados pode ter novas eleições diretas para escolher representantes para o Executivo.

O início deste novo processo eleitoral deverá ser definido pelos representantes do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS), que ainda não se manifestou sobre o assunto.

Para o advogado de Artuzi, Carlos Marques, a decisão de renúncia foi política. "Ele renunciou para garantir eleições diretas para escolha de novos representantes do executivo. Os processos que pediam a cassação estavam todos viciados, com os vereadores querendo atropelar o andamento para garantir seus interesses", afirmou.

Marques disse que pedirá que a Justiça solte Ari Artuzi, já que, como renunciou ao cargo, não poderá mais influir nas investigações. "Tecnicamente, não existe o porquê mantê-lo preso. A renúncia foi a gota d'água para a libertação dele. Vou entrar com pedido para que o desembargador relator do processo o solte quinta-feira mesmo", afirmou o advogado do ex-prefeito de Dourados.

A reportagem tentou entrar em contato com o advogado de Carlinhos Cantor e Sidlei Alves, mas não houve retorno.

Fonte: Especial para Terra
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