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Política

Presidente do PT diz que não defende o impeachment de Arruda

28 nov 2009 - 16h47
(atualizado às 19h06)
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O presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), deputado Ricardo Berzoini (SP), afirmou neste sábado, em seu microblog no Twitter, que é contra o impeachment do governador José Roberto Arruda (DEM), investigado pela Polícia Federal por desvio de verbas.

"Não defendo o impeachment do Arruda. Não devemos agir como o DEM", disse o deputado. "Defendo que as investigações sejam feitas, com serenidade, sem baixaria."

A Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF) analisará o inquérito que motivou a operação para verificar se há elementos para pedir o afastamento do governador.

Ontem, o líder do DEM no Senado, José Agripino Maia, saiu em defesa de Arruda. Ele afirmou que o partido mantém a confiança no governador. Arruda é o único governador do DEM em todo o País.

A operação da PF apura um suposto esquema de propina à "base aliada" do governo. O secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal, Durval Barbosa, foi o colaborador da investigação e gravou uma conversa em que o governador apareceria negociando com ele o destino de R$ 400 mil.

A PF informou que, além dos R$ 700 mil apreendidos nas buscas cumpridas na sexta, foram encontrados ainda US$ 30 mil e 5 mil euros. As buscas foram realizadas em empresas e em residências e gabinetes de deputados distritais que integram a base de apoio do governador do Distrito Federal.

São investigados os deputados distritais Eurides Brito (PMDB), Rogério Ulisses (PSB), Pedro do Ovo (PRP) e o presidente da Câmara Legislativa do DF, Leonardo Prudente (DEM).

Algumas empresas do DF também fazem parte da investigação e foram realizadas buscas em suas sedes. Além das empresas, três pessoas físicas são citadas por Durval Barbosa como as que teriam repassado ao suposto esquema parte dos R$ 600 mil rastreados. Entre elas está o secretário de Educação do DF, José Luiz Vieira Valente, que foi afastado do cargo.

Foram afastados também, durante o período das investigações, o chefe da Casa Civil, José Geraldo Maciel, o chefe de gabinete, Fábio Simão, e o assessor de imprensa do governo, Omézio Pontes. O secretário de Relações Institucionais foi exonerado.

Agência Brasil Agência Brasil
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