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Política

Presidente do Congresso Nacional diz que receberá manifestantes

"Eles pediram, e eu vou recebê-los", disse o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) ao entrar em seu gabinete, onde deve permanecer até mais tarde

20 jun 2013 - 18h22
(atualizado às 18h22)
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<p>Policiais protegem o Congresso, em Brasília</p>
Policiais protegem o Congresso, em Brasília
Foto: Luciana Cobucci / Terra

O presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que irá receber os manifestantes que quiserem entrar no Senado para falar com ele nesta quinta-feira. "Eles pediram, e eu vou recebê-los", disse Renan ao entrar em seu gabinete, onde deve permanecer até mais tarde. O senador não entrou em detalhes sobre quem será recebido, nem a que horas ocorrerá o encontro. Os manifestantes já estão na frente do Congresso Nacional e, aos poucos, vão tomando todo o gramado que circunda os prédios.

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Policiais militares e legislativos formaram um imenso cordão de isolamento em torno da sede do Legislativo Federal. A determinação é fazer com que o protesto não passe do espelho d’água em frente às cúpulas da Câmara dos Deputados e do Senado.

Um grupo de senadores também decidiu ficar no Senado enquanto o protesto ocorrer. Segundo o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), ele e os colegas acham que devem aproveitar a situação para discutir o novo momento que o Brasil está vivendo. "Vários senadores ficarão aqui até mais tarde, vamos ficar refletindo sobre essa situação, esse novo momento na história do Brasil."

Rollemberg destacou não temer que o prédio seja invadido ou que ocorram episódios de depredação e pediu que o protesto seja pacífico. "As manifestações são legítimas, importantes. Mas é importante também que elas sejam pacíficas, até para que elas tenham maior capacidade de influenciar nas decisões sobre o futuro do País."

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Fazendo parte do grupo que permanecerá no plenário do Senado até o fim do protesto, Pedro Taques (PDT-MT) também disse que não teme atos de violência. Para ele, é obrigação dos parlamentares ficar para ouvir o que os manifestantes têm a dizer. "É o exercício da nossa função. Nós não podemos simplesmente fechar a porta e ir embora", disse Taques.

A expectativa é que a manifestação seja maior do que a de segunda-feira, que reuniu cerca de 10 mil pessoas em frente ao Congresso. Um forte esquema de segurança, que inclui a Polícia Montada, está formado em todo o entorno dos prédios do Congresso.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

O grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Agência Brasil Agência Brasil
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