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Política

Presidente da OAB diz que voto de Fux 'frustra sociedade'

23 mar 2011 - 21h02
(atualizado às 21h28)
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O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, afirmou por meio de nota que o voto do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luix Fux, contra a aplicabilidade da Lei da Ficha Limpa em 2010, "frustra a sociedade". Ele afirmou, no entanto, que "tal fato não significa uma derrota" por que a iniciativa popular "é constitucional e será aplicada às próximas eleições".

Luiz Fux: Decisivo no julgamento da Ficha Limpa, Fux votou contra a validade da lei para 2010. "A criação de novas inelegibilidades erigidas por uma lei complementar Lei da Ficha Limpa no ano da eleição efetivamente cria regra nova inerente ao processo eleitoral, o que não só é vedado pela Constituição Federal, como pela doutrina e pela jurisprudência da Casa"
Luiz Fux: Decisivo no julgamento da Ficha Limpa, Fux votou contra a validade da lei para 2010. "A criação de novas inelegibilidades erigidas por uma lei complementar Lei da Ficha Limpa no ano da eleição efetivamente cria regra nova inerente ao processo eleitoral, o que não só é vedado pela Constituição Federal, como pela doutrina e pela jurisprudência da Casa"
Foto: Nelson Jr./Supremo Tribunal Federal / Divulgação

Único ministro que ainda não havia se manifestado sobre a aplicabilidade da lei, Fux, defendeu que as regras valham apenas a partir do pleito municipal de 2012. Segundo ele, sua aplicação no momento violaria o princípio da anualidade eleitoral, que estabelece que a lei que alterar o processo eleitoral não pode ser aproveitada à eleição que ocorra a menos de um ano da data de sua vigência.

Cavalcante afirmou que a discussão "ajudou a banir do cenário eleitoral vários políticos que acumularam durante a vida uma extensa folha corrida de condenações judiciais e que zombavam da sociedade e da Justiça com incontáveis recursos para impedir o trânsito em julgado de decisões condenatórias". Ela também "foi importante do ponto de vista da conscientização do eleitor sobre o seu papel na escolha de candidatos".

Fonte: Terra
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