Presidente da Eletronuclear é preso em nova fase da Operação Lava Jato
A Polícia Federal (PF) prendeu nesta terça-feira o presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, na 16ª fase da Operação Lava Jato, por indícios de propina para diretores da empresa.
O mandatário, que se afastou do cargo desde começou a ser investigado, em abril, foi detido em uma operação de busca de provas de supostos desvios de recursos públicos nos contratos de construção da usina nuclear Angra 3, segundo informou a PF.
Os contratos para a construção da terceira usina nuclear brasileira ligavam a subsidiária da Eletrobras a várias das mesmas empresas acusadas de desviar recursos em contratos com a Petrobras.
Ao longo da operação foram inspecionadas 23 residências e escritórios no Rio de Janeiro, Brasília, Niterói, São Paulo e Barueri. Um dos escritórios inspecionados nesta terça-feira pela Polícia Federal, que mobilizou a 180 agentes na operação, foi a sede da Eletronuclear em Brasília.
As supostas irregularidades são investigadas pelo fato de Dalton Avancini, ex-presidente da Camargo Correa, ter confessado que as obras de Angra 3 tiveram licitações vencidas por empresas que ofereceram propinas a dirigentes da Eletrobras e do PMDB.
Segundo o empresário, o suborno era equivalente a 1% do valor de cada contrato da Eletrobras com as diferentes construtoras, entre as quais estava a Camargo Corrêa.