Presidente da Andrade Gutierrez vira réu na Lava Jato
A Justiça Federal aceitou nesta quarta-feira a denúncia do MPF (Ministério Público Federal) e abriu ação penal contra o presidente e o diretor-executivo da construtora Andrade Gutierrez, além de outras 11 pessoas investigadas na Operação Lava Jato, pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
A decisão do juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal do Paraná, transforma em réus os 13 acusados. A denúncia contra os executivos da Andrade Gutierrez foi amparada pela justiça um dia após, em decisão similar, Moro ter aceitado abrir processo pelos mesmos crimes contra outras 13 pessoas, entre elas o presidente e os principais dirigentes da Odebrecht.
Além do presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, também terão que responder à Justiça na condição de réus o diretor-executivo da construtora, Elton Negrão de Azevedo Júnior, e dois ex-dirigentes da empresa: Antonio Pedro Campello de Souza Dias e Paulo Roberto Dalmazzo.
A decisão se estende a três ex-executivos da Petrobras, a intermediários acusados de repassar propinas pagas pela Andrade Gutierrez e ao doleiro Alberto Youssef, que teria intermediado os pagamentos ilegais.
Tanto Youssef como o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, incluídos na nova lista de réus, chegaram a acordos com a Justiça para colaborar no processo e denunciar seus cúmplices em troca de futuras reduções de suas penas.
A decisão do juiz de aceitar as denúncias contra os 13 novos acusados abre um prazo de dez dias para que os advogados dos mesmos apresentem sua defesa.
A Andrade Gutierrez e a Odebrecht fazem parte das cerca de 20 empresas investigadas por participar de uma rede de corrupção que desviou cerca de US$ 2 bilhões da Petrobras, segundo os cálculos da própria empresa.
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