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Política

Prejuízos com depredações no Itamaraty ultrapassam R$ 18 mil

2 jul 2013 - 10h08
(atualizado às 10h08)
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Os prejuízos causados pelos ataques ao Palácio Itamaraty, durante protesto na Esplanada dos Ministérios há 11 dias, chegaram a R$ 18.414,04, sem considerar as despesas com os reparos nas esquadrias, com a limpeza e segurança extras. Levantamento feito pelo Ministério das Relações Exteriores mostra que os gastos referem-se apenas à reposição das vidraças destruídas. Foram repostas 65 vidraças danificadas.

Protestos por mudanças sociais levam milhares às ruas
Manifestações tomam as ruas do País; veja fotos

Pelos cálculos do ministério, a reposição de 53 vidraças comuns, de seis milímetros, custou R$ 15.579,22, enquanto a de dez incolores, também de seis milímetros, saiu a R$ 2.129. A substituição de duas vidraças temperadas fumê, de oito milímetros, ficou em R$ 642,80.

No último dia 20, um dos símbolos de Brasília, o Palácio Itamaraty, foi alvo de vândalos, que se infiltraram nos protestos na Esplanada dos Ministérios, destruíram as vidraças, picharam o edifício e quebraram o tampo de uma mesa. O prédio é referência da arquitetura de Oscar Niemeyer e na área interna há obras raras de artistas consagrados.

O Itamaraty informou que as obras raras não foram atingidas durante os ataques. Conhecido também como Palácio dos Arcos, há, em seu interior, exemplares da arquitetura moderna e obras de arte do patrimônio nacional.

No interior do prédio há painéis de Athos Bulcão, Rubem Valentim, Sérgio Camargo, Maria Martins e afresco de Alfredo Volpi. O paisagismo é de Roberto Burle Marx. O projeto de construção do prédio levou anos para ser concluído devido às dificuldades técnicas para atender às inovações da proposta.

O Palácio Itamaraty é formado por três edifícios: o prédio principal e os anexos 1 e 2, sendo que este último é conhecido como Bolo de Noiva. Em frente ao edifício, sobre o espelho de água que foi invadido por manifestantes, está a escultura batizada de Meteoro, de Bruno Giorgi.

Abraço

No último dia 21, centenas de pessoas participaram de um abraço simbólico ao Itamaraty. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, criticou a violência ao prédio. Ele lembrou, na ocasião, que a imagem do Brasil é de "uma democracia, de uma sociedade aberta e plural, de amantes da paz, amantes do diálogo, e isso não será afetado por um fato isolado".

O abraço ao prédio reuniu principalmente funcionários do Itamaraty e alguns parentes, mas também teve a presença de servidores de outros ministérios. O ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim, atual ministro da Defesa, também participou do ato.

<a data-cke-saved-href="http://noticias.terra.com.br/infograficos/protesto-tarifa/iframe.htm" href="http://noticias.terra.com.br/infograficos/protesto-tarifa/iframe.htm">veja o infográfico</a>

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

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Agência Brasil Agência Brasil
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