O PPS anunciou nesta quinta-feira que entrará com uma representação no Conselho de Ética da Câmara contra o deputado Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. Segundo nota divulgada pelo partido, o PPS vai sugerir a renúncia coletiva dos membros da comissão, permitindo um novo processo de escolha do presidente do colegiado. O partido ainda pretende provar que Feliciano quebrou o decoro parlamentar, ao usar verbas de sua cota parlamentar de maneira irregular.
Segundo o deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA), que é suplente na comissão, “após a intransigência do pastor e de seu partido, não há mais espaço para um acordo político que resolva a questão”. “Nós temos instrumentos para resolver o imbróglio. A situação é insustentável, a ponto do pastor mandar prender quem exerce o direito da livre manifestação. Passou do limite do admissível. Vamos ao Conselho de Ética e também pediremos renúncia coletiva dos membros da comissão”, afirmou Jordy, que na próxima terça-feira protocola os pedidos e espera contar com o apoio da maioria dos partidos na Câmara.
Além da acusação de racismo e homofobia, o pastor Feliciano ainda precisa explicar denúncias de uso irregular de verbas de sua cota na Câmara. De acordo com o PPS, ele paga, com dinheiro público, “escritórios de advocacia para lhe defender em processos de interesse pessoal”.
O advogado que protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) a defesa de Feliciano em inquérito por homofobia tem emprego e salário pago pela Câmara. “Rafael Novaes da Silva é secretário parlamentar desde fevereiro de 2011 e respondeu à denúncia do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, no último dia 21, por meio de um documento com várias citações bíblicas”, diz a nota.
Manifestantes demonstraram apoio ao deputado Marco Feliciano (PSC-SP)
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
Manifestantes contra o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, deputado Pastor Marco Feliciano, são impedidos de entrar numa comissão onde grupo evangélico se reunia em comemoração ao fato do pastor Feliciano continuar na presidência da CDH
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
Manifestantes contra o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, deputado Pastor Marco Feliciano, são impedidos de entrar numa comissão onde grupo evangélico se reunia em comemoração ao fato do pastor Feliciano continuar na presidência da CDH
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
Deputado é alvo de protestos desde que assumiu a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
Deputado Marco Feliciano (PSC-SP) comemora sua permanência na presidência da Comissão dos Direitos Humanos da Câmara dos Deputados
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
None
Foto: Terra
Deputado Marco Feliciano (centro, de costas) preside mais uma sessão tumultuada da Comissão de Direitos Humanos
Foto: Alexandra Martins / Agência Câmara
Manifestantes acusam o presidente da Comissão de Direitos Humanos de racismo e homofobia
Foto: Alexandra Martins / Agência Câmara
Manifestantes contrários e favoráveis ao deputado do PSC fizeram muito barulho na sessão
Foto: Alexandra Martins / Agência Câmara
Grupo de apoio a Feliciano exibiu cartazes defendendo sua permanência à frente da comissão
Foto: Alexandra Martins / Agência Câmara
A pedido de Feliciano, manifestante que o chamou de racista foi preso
Foto: Alexandra Martins / Agência Câmara
Manifestantes pró e contra o Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) batem boca com deputados em sessão tumultuada da Comissão de Direitos Humanos