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Polícia barra protesto na sede provisória do governo federal

25 mar 2010 - 15h13
(atualizado às 15h17)
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A Polícia Militar de Brasília entrou em confronto com professores, servidores e estudantes da Universidade Federal de Brasília (UnB) que tentaram furar o bloqueio de segurança no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede provisória do governo federal. Os manifestantes querem uma audiência com o presidente Lula para entregar uma carta de reivindicações nesta quinta-feira. Os seguranças do Planalto não conseguiram conter a multidão e precisaram chamar a PM. Não houve feridos na confusão que durou cerca de dez minutos.

Os integrantes da comunidade acadêmica ocuparam a frente do CCBB para protestar contra o método de cálculo do pagamento da URP aos funcionários da UnB. Na terça-feira, os professores da instituições resolveram entrar em greve para pressionar pelo pagamento integral do benefício. Segundo a UnB essa decisão prejudica 1,1 mil contratados.

"No começo de 2009, houve uma reestruturação da carreira e o vencimento base de todos os professores passou a ser igual, sem distinção por titulação (mestrado ou doutorado)", afirma Ebenezer Nogueira, vice-presidente da Associação dos Docentes UnB.

Segundo ele, foram criados dois tipos de gratificação, a Retribuição de Titulação (RT) e a Gratificação Específica do Magistério Superior (GEMAS), que variam de acordo com o título e a permanência do docente na universidade. A reitoria da UnB continuou calculando a URP com base nessas gratificações, mas a recente decisão do Tribunal de Contas da União determina que ela só incida sobre o salário base.

"Professores mais antigos vão receber maiores salários em comparação com aqueles que entraram depois de 2006. Para estes, a queda salarial chega a 26,5%", afirma Menezes. "Um professor com doutorado, por exemplo, que recebia até então R$ 8,8 mil por mês, tem seu salário reduzido para R$ 7,6 mil".

Fonte: Redação Terra
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