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Política

Temer: PMDB aceita perder pastas por redução de ministérios

Além do vice-presidente, os presidentes do Senado e Câmara também são favoráveis à extinção de pastas

27 mar 2015 - 17h38
(atualizado às 19h26)
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<p>&quot;Quando se escolhe ministros, quem escolhe &eacute; a presidente, n&atilde;o &eacute; o partido&quot;, disse&nbsp;Michel Temer</p>
"Quando se escolhe ministros, quem escolhe é a presidente, não é o partido", disse Michel Temer
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

O vice-presidente da República, Michel Temer, disse nesta sexta-feira que o PMDB, partido do qual é presidente, está disposto a perder ministérios caso a presidente Dilma Rousseff decida reduzir o número de pastas, atualmente em 39.

A declaração do vice foi feita no momento em que o Executivo tenta implementar medidas de austeridade para atingir a meta de realizar um superávit primário equivalente a 1,1% do PIB.

Temer fez uma palestra sobre a reforma política no Sindicato da Habitação da Cidade de São Paulo (Secovi) e, em entrevista a jornalistas, falou da disposição do PMDB de abrir mão de parte dos seis ministérios que ocupa em prol de uma redução do número de pastas.

"Se houver uma decisão presidencial de redução (de ministérios), o PMDB está disposto a conversar e entregar o que seja necessário. Quando se escolhe ministros, quem escolhe é a presidente, não é o partido", disse o vice.

Atualmente peemedebistas comandam os ministérios dos Portos, de Minas e Energia, da Aviação Civil, da Pesca, da Agricultura e do Turismo.

A redução do número de ministérios foi defendida pelos adversários de Dilma na eleição presidencial do ano passado e, mais recentemente, por lideranças peemedebistas, como os presidentes do Senado, Renan Calheiros (AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (RJ).

Cunha, inclusive, é autor de uma proposta de emenda à Constituição que tramita no Congresso e limita em 20 o número de ministérios.

Durante a campanha eleitoral, Dilma costumava responder às sugestões de diminuição do número de pastas pedindo que os adversários apontassem quais delas deviam ser eliminadas.

Nesta semana, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadate, argumentou que a redução no número de ministérios teria pouco impacto em termos de economia nas contas públicas, pois as atribuições de uma pasta que deixaria de existir teriam de ser absorvidas por um outro ministério.

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