PUBLICIDADE

Política

PMDB decide sobre retirada de apoio a governo do DF na quarta

4 dez 2009 - 16h01
(atualizado às 16h21)
Compartilhar
Keila Santana
Direto de Brasília

O PMDB vai decidir na próxima quarta-feira se retira o apoio ao governo do Distrito Federal, com a entrega dos cargos que mantém na administração local. A presidente em exercício do partido, deputada Iris de Araújo (GO), convocou a Executiva Nacional do PMDB depois das denúncias que envolvem integrantes da cúpula da legenda na suspeita da existência de um mensalão do Democratas em Brasília.

Vídeos do inquérito aberto pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) mostram conversas entre o ex-secretário do governador José Roberto Arruda, Durval Barbosa, e o empresário Alcir Collaço, citando os nomes de quatro peemedebistas como destinatários de propina: Michel Temer (SP), presidente da Câmara e presidente licenciado do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), Tadeu Filippelli (DF), presidente regional do PMDB, e Henrique Eduardo Alves (RN), líder do partido na Câmara.

Uma reunião da Executiva regional do PMDB na segunda-feira dará o tom que será levado para o comando nacional sobre a permanência ou não na base do governador do Distrito Federal. A decisão do PMDB será tomada um dia antes do julgamento do DEM sobre o processo de expulsão de Arruda.

Entenda o caso

O mensalão do governo do DF, cujos vídeos foram divulgados neste fim de semana, é resultado das investigações da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. O esquema de desvio de recursos públicos envolvia empresas de tecnologia para o pagamento de propina a deputados da base aliada.

O governador José Roberto Arruda aparece em um dos vídeos recebendo maços de dinheiro. As imagens foram gravadas pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, que, na condição de réu em 37 processos, denunciou o esquema por conta da delação premiada. Em pronunciamento oficial, Arruda afirmou que os recursos recebidos durante a campanha foram "regularmente registrados e contabilizados".

As investigações da Operação Caixa de Pandora apontam indícios de que Arruda, assessores, deputados e empresários podem ter cometido os crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva e ativa, fraude em licitação, crime eleitoral e crime tributário.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade