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Polícia

PF: apontado como chefe de esquema tem patrimônio milionário

28 nov 2012 - 22h31
(atualizado às 22h33)
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O diretor de Hidrologia da Agência Nacional de Águas (ANA) preso durante a operação Porto Seguro, da Polícia Federal, Paulo Vieira, afastado de suas funções na agência para responder a processo administrativo, foi transferido do complexo penitenciário da Papuda, em Brasília, para a carceragem da Superintendência da PF em São Paulo, nesta quarta-feira. De acordo com a investigação, ele é dono da faculdade Facic, em Cruzeiro (SP), comprou quatro apartamentos em São Paulo e um carro de luxo de R$ 300 mil, e tem R$ 1,25 milhão aplicado em contas bancárias. Servidores indiciados pela PF tinham salários de R$ 7,9 mil a R$ 26,1 mil. As informações são do Jornal Nacional.

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Ministro, senador e prefeitos foram vítimas de quadrilha presa pela PF:

O advogado de Paulo Vieira, Pierpaolo Bottini, aguarda resposta do Tribunal Regional Federal para um pedido de habeas-corpus, formulado na terça. Hoje, a Comissão de Infraestrutura do Senado aprovou convite para que Rubens Vieira, irmão de Paulo, compareça ao Congresso para prestar esclarecimentos. Ele é um dos 18 indiciados e também foi preso pela PF. Rubens também pediu para ser transferido da Papuda, onde continua preso. O governo pretendia barrar os depoimentos de todos os indiciados na Operação Porto Seguro, mas a oposição aproveitou a ausência de governistas na comissão para aprovar o convite.

Operação Porto Seguro

Deflagrada em 23 de novembro de 2012, a operação Porto Seguro, da Polícia Federal, investiga um esquema de favorecimento de interesses privados em processos públicos. As agências nacionais de Transportes Aquaviários (Antaq), de Águas (ANA), e de Aviação Civil (Anac), a Advocacia-Geral da União (AGU), a Secretaria do Patrimônio da União (SPU), o Tribunal de Contas da União (TCU), a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e o Ministério da Educação (MEC) estão entre os órgãos envolvidos na operação.

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas cidades de Cruzeiro (SP), Dracena (SP), Santos (SP), São Paulo e Brasília. Dezoito pessoas foram indiciadas suspeitas de participação no esquema, entre elas a chefe de gabinete da Presidência em São Paulo, Rosemary Novoa de Noronha, e o advogado-geral adjunto da União, José Weber de Holanda Alves.

As investigações apontam que os acusados cometeram crimes de corrupção ativa e passiva, tráfico de influência, falsidade ideológica, falsificação de documento particular, violação de sigilo funcional e formação de quadrilha. A presidente Dilma Rousseff determinou a exoneração ou afastamento de todos os servidores envolvidos.

Fonte: Terra
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