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Política

PDT entra com ação no TSE contra Solidariedade

Paulinho da Força classificou atitude de seu ex-partido como "um ato de claro desespero"

2 out 2013 - 18h44
(atualizado às 20h45)
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O PDT ingressou nesta quarta-feira com um mandado de segurança no Tribunal Superior Eleitoral (STF) pedindo a anulação do registro do partido Solidariedade, concedido na semana passada pela Corte. O PDT alega que houve ao menos cinco ilegalidades no processo que criou o partido, passando desde erros procedimentais do TSE, até a contabilização de assinaturas falsas. 

No pedido apresentado, o PDT ainda destaca a suposta utilização da estrutura de sindicatos para a falsificação de assinaturas de apoio e sugere que sejam realizadas diligências para investigar as suspeitas. Na sessão do TSE que criou o partido, os ministros Henrique Neves e Luciana Lóssio chegaram a pedir a realização das diligências, mas foram voto vencido.

"Nosso inconformismo e nossa legítima insurgência decorre dos métodos fraudulentos adotados por seu mentor, Paulo Pereira da Silva, e o seu grupo sindical, utilizando-se da estrutura da Central Sindical a que está inextricavelmente ligado (...) para estruturar seu novo partido, fazendo uso de assinaturas falsificadas, listagens de servidores do legislativo e de outras categorias sindicalizadas que sequer suspeitavam que seus nomes estavam sendo usados", diz o mandado de segurança, assinado pelo presidente do PDT, Carlos Lupi.

O Solidariedade foi criado pelo deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, que era filiado ao PDT. A expectativa de Paulinho é que consiga atrair cerca de 30 parlamentares para a legenda, criando a sétima maior bancada da Câmara dos Deputados.

O PDT pede que o caso seja analisado em regime de urgência, sob a justificativa de que poderá ser diretamente afetado pela criação do Solidariedade, uma vez que o deputado deixou o partido e poderá levar outros nomes para a nova sigla. Nesse caso, o PDT perderia recursos do fundo partidário e tempo de TV. O prazo final de filiação partidária para disputar as eleições do ano que vem vence no próximo dia 5 de outubro.

Desespero

Em nota à imprensa, Paulinho afirma que o PDT agiu em "um ato de claro desespero" ao ingressar com o mandado de segurança no TSE. Ele ressalta que as assinaturas citadas pelos pedetistas não foram computadas no processo de criação do partido porque acabaram descartadas. O deputado ainda acusa o PDT de "criar um factóide para desestimular os parlamentares que pretendem migrar para a nova legenda". Na nota, Paulinho também critica o seu antigo partido e afirma que a legenda não possui representatividade e é gerida de forma "pouco democrática".

"O TSE reconheceu que o partido tem representatividade desde seu nascimento, coisa que, não é de hoje, vem faltando ao PDT, legenda comandada de forma centralizada, pouco democrática e por pessoas que não têm votos", diz o texto da nota.

Fonte: Terra
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