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Política

Patriota vai a Caracas para analisar estado do Mercosul

31 out 2012 - 15h49
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O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, visitará amanhã em Caracas o chanceler e vice-presidente do conselho de ministros venezuelano, Nicolás Maduro, para discutir a agenda bilateral e regional, com ênfase no Mercosul, informou nesta quarta-feira seu escritório.

Segundo uma nota divulgada pelo Ministério, Patriota e Maduro analisarão assuntos relativos ao comércio e à cooperação entre ambos os países e também o processo de adaptação da Venezuela ao Mercosul, bloco que o país passou a integrar oficialmente como membro pleno em julho e em que o Brasil exerce atualmente a presidência rotativa.

A Venezuela foi aceita como quinto membro do Mercosul em uma cúpula semestral em que o Brasil, a Argentina e o Uruguai também decidiram suspender o Paraguai, em condenação à forma como transcorreu a destituição em 22 de junho do então presidente do Paraguai, Fernando Lugo.

Há pouco mais de um mês, o Brasil e o Uruguai deram a entender que o Paraguai poderia se reincorporar ao Mercosul antes das eleições previstas para abril, mas o próprio ministro Patriota declarou depois que as expectativas que havia nesse sentido se desfizeram.

Segundo Patriota, já "não é provável" o reingresso do Paraguai ao Mercosul antes da realização de eleições no país, pois "nada indica" que os presidentes dos países do bloco tomem uma decisão "à revelia de fatos que corroborem a plena vigência da democracia".

As últimas declarações do chanceler brasileiro sobre o tema foram feitas durante um agravamento das relações entre Paraguai e Venezuela, devido à decisão desta de expulsar todos os funcionários da diplomacia paraguaia.

A decisão foi adotada no dia 17 e o governo do presidente Hugo Chávez a explicou como um "ato de reciprocidade" com o Paraguai, que em julho tinha declarado como "personae non gratae" o chanceler Maduro e o embaixador venezuelano José Arrúe.

No plano bilateral, Patriota e Maduro analisarão o estado de diversos programas de cooperação nas áreas de agricultura, saúde e educação, entre outras, e avaliarão iniciativas para dar um impulso maior à troca comercial entre ambos os países, que em 2001 chegou a US$ 5,86 bilhões.

EFE   
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