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Política

Patriota se diz indignado por "vandalismo" contra Itamaraty

21 jun 2013 - 10h37
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O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, afirmou nesta sexta-feira que apesar de defender o direito da população de se manifestar, o governo precisa impedir atos de vandalismo como o ocorrido no Palácio do Itamaraty na noite de ontem

"Foi um ato de vandalismo que não pode se repetir. Eu pediria a todos os manifestantes que respeitem o patrimônio da nação. Fiquei muito indignado com o que ocorreu", disse o ministro.

A polícia evitou ontem à noite que um pequeno grupo de manifestantes invadisse o Palácio do Itamaraty, mas não impediu que pelo menos 25 vidros do prédio fossem quebrados. Além disso, sinalizadores foram lançados no interior do palácio e fogueiras acesas ao lado de algumas de suas colunas.

O protesto em Brasília reuniu cerca de 25.000 pessoas, embora apenas uma minoria tenha participado dos enfrentamentos com a polícia e das tentativas de invadir as sedes do Congresso Nacional e da chancelaria.

"Defendo o direito das pessoas se manifestarem para expressar suas reivindicações e seguirei fazendo, mas é preciso dar uma mensagem claro que o vandalismo não pode ser admitido", afirmou Patriota.

"Esta edificação é um patrimônio da nação brasileira, um patrimônio público, que representa a busca de entendimento pelo diálogo, com base no direito. O que ocorreu ontem à noite foi um ato de vandalismo que não pode se repetir", disse o ministro.

Segundo Patriota, os manifestantes têm que transmitir suas reivindicações de forma pacífica pois caso contrário perdem legitimidade política e moral.

O chanceler disse estar convencido que a grande maioria dos manifestantes condena a violência: "eu gostaria de acreditar que foram fatos isolados e que a grande maioria dos brasileiros não os apoia".

Os protestos mais violentos em Brasília, que a polícia reprimiu com gás lacrimogêneo e balas de borracha, deixaram cerca de 50 feridos, entre os quais dez policiais, assim como três detidos.

Além de Brasília, também se registraram enfrentamentos com a polícia nas manifestações realizadas em cidades como o Rio de Janeiro, Campinas, Porto Alegre, Vitória e Salvador.

EFE   
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