Patriota nega racismo em concurso para carreira diplomática
Ministro respondeu as declarações de Joaquim Barbosa, que chamou Itamaraty de 'uma das instituições mais discriminatórias do Brasil'
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, negou que haja discriminação racial no ingresso de aspirantes à carreira diplomática. Em entrevista ao jornal O Globo, no último domingo, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa afirmou que foi reprovado na etapa de entrevista (hoje extinta) e atribuiu sua desclassificação a uma avaliação racista.
"Passei nas provas escritas, fui eliminado em uma entrevista, algo que existia para eliminar indesejados”, afirmou na ocasião. Na avaliação de Barbosa, "o Itamaraty é uma das instituições mais discriminatórias do Brasil".
Na tarde desta terça-feira, Patriota reconheceu que “em outra era” poderiam ter ocorrido situações de discriminação, mas garante que casos similares não se repetem no processo seletivo. “Hoje em dia o que existe é, pelo contrário, um esforço de corrigir esse legado da discriminação no Brasil com ações afirmativas, um programa de bolsas para facilitar o acesso de afrodescendentes ao Itamaraty”, disse o chanceler brasileiro.