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Política

Para Lula, se popularidade de Dilma não caísse, ia passar de 100%

14 jun 2013 - 00h46
(atualizado às 00h46)
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Embora faltando mais de um ano para as eleições de 2014, o clima eleitoral também predominou no seminário de comemoração dos 10 anos de governo petista no Brasil. O primeiro a dar o tom de campanha do evento foi o ex-presidente Lula. "Você, Dilma, tem que governar, mas nós falamos de tua reeleição. Eu já tomei '10 paus' de multa, mas não vou deixar de falar. Tratem de fazer a vaquinha para pagar minhas novas multas", disse, para depois convocar o PT a discutir sua política de alianças.

"Temos que continuar a fazer o que estamos fazendo. Não podemos baixar a cabeça às agressões de nossos adversários e também temos que saber fazer as alianças políticas certas para ganhar as eleições. Seria ideal chapa puro sangue, só do PT, da esquerda do PT, da ultra esquerda do PT, mas temos que fazer aliança no PT entre a direita a esquerda do PT, e depois, com outros partidos. A sociedade não é petista, é heterogênea. Se ainda não é momento de fazer campanha, é de construir a solidez da base para ganharmos a eleição", disse o ex-presidente.

Lula também ironizou a recente queda de popularidade da presidente Dilma Rousseff. "É calro que caiu. Uma hora tinha que cair, senão ia passar de 100%", e brincou com as insinuações de que ele a pressiona em certas ocasiões quando procura a presidente para tratar de algum problema. "Vou procurar quem, o José Serra? Não há hipótese de haver divergência entre eu e a Dilma. Se um dia a gente divergir, ela está certa, eu estou errado e acabou a divergência".

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, também analisou os números da popularidade de Dilma. "É uma queda normal, nem adianta a oposição se animar, pois ela caiu, mas ninguém subiu, está tudo igual. E, se compararmos, o Fernando Henrique tinha 16 pontos a menos de popularidade que a Dilma tem agora no mesmo momento de seu primeiro governo. O Lula, tinha 20 pontos a menos. E os dois foram reeleitos".

Bernardo também comentou a provável candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). "Ele é nosso aliado, foi ministro do Lula junto comigo. Acompanhando de longe, parece que ele quer ser candidato, e é legítimo que seja. Se for, será nosso adversário eleitoral, mas continuará nosso amigo", declarou. Bernardo também confirmou a possibilidade de sua mulher, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, disputar o governo do Paraná. "É possível, mas não tem nada decidido. Tem muita gente impaciente, mas ela ainda tem que conversar com a presidente Dilma".

Fonte: Especial para Terra
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